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Scala: R$ 3 bi em data centers no RS 655c3j

Empresa vai construir um “distrito” em Eldorado do Sul, perto de Porto Alegre. 1n3n2l

12 de setembro de 2024 - 04:53
Marcos Peigo, CEO da Scala.

Marcos Peigo, CEO da Scala.

A Scala, uma das maiores empresas do segmento de data centers no país, anunciou a construção de uma nova estrutura no Rio Grande do Sul, com um investimento inicial de R$ 3 bilhões.

O chamado “primeiro distrito de data centers do país” será construído em Eldorado do Sul, cidade localizada a cerca de 32 quilômetros de Porto Alegre.

Com o andamento do projeto, é possível que o investimento mais que dobre. A empresa não chegou a abrir o cronograma exato da construção. .

Este será o maior empreendimento do tipo na América do Sul, com capacidade inicial de 54 MegaWatts e potencial de atingir 4.750 MegaWatts.

Segundo o site especializado Data Center Dynamics, a capacidade equivale a todo o consumo energético do estado do Rio de Janeiro.

Após o fim da primeira fase da implementação, o projeto se dedicará exclusivamente a operações voltadas para inteligência artificial.

A Scala falou em uma área de 700 hectares, equivalente a 1 mil campos de futebol, sem dar detalhes da localização exata.

A escolha por Eldorado do Sul é chamativa, porque o município teve 90% da sua área inundada nas enchentes de março no Rio Grande do Sul.

Provavelmente, o distrito será construído na região onde fica a área industrial de Eldorado do Sul, que fica em um terreno elevado que não foi afetado e os preços são muito inferiores aos de Porto Alegre, do outro lado do Rio Guaiba, onde grandes data centers tiveram panes durante as chuvas.

Por outro lado, a área na qual se instalam empresas na cidade, onde já operou uma fábrica da Dell (o local ainda é usado pela multinacional para atividades istrativas) ou da gaúcha Datacom.  

“Essa é a nossa resposta para a demanda de inteligência artificial. O que a IA está trazendo é maior do que uma oportunidade para a empresa, é uma oportunidade para o país. Quando olhamos para todos os aspectos em que a América Latina ficou para trás em termos de latência, falta de maturidade das aplicações, receio dos clientes de evoluir por conta do dólar e a falta de regulação, isso mudou”, afirma Marcos Peigo, CEO da Scala.

Oriunda da operação de data center do UOL Diveo, a Scala foi comprada pela DigitalBridge por algo entre US$ 300 milhões e US$ 400 milhões em 2020.

O foco é diferente do UOL Diveo na época. A Scala concorre com players como Odata e Ascenty, que também investem pesado. 

No lugar de construir estruturas para serem divididas entre diversos clientes, essas empresas fazem data centers para serem usados pelos grandes players de nuvem.

Todo mundo faz segredo sobre seus clientes, mas a lista não é grande: em primeira linha AWS, Google, Oracle e Microsoft, e, no segundo time IBM e as chinesas Tencent e Alibaba, que já operam no Brasil.

Hoje, 90% dos data centers são usados por esse tipo de organização e os 10% restantes ficam com 200 clientes oriundos da UOL Diveo.

Na América Latina, a Scala tem orçamento de US$ 2 bilhões para lançamentos e expansões.

A empresa estreou no Sul do Brasil em 2023, com a inauguração de um data center de R$ 240 milhões em Porto Alegre.

Além de São Paulo e Rio Grande do Sul, a empresa tem data centers em São João do Meriti (RJ), no Chile e no México. 

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