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Marchezan falou com representantes do setor de TI. Foto: Joel Vargas, PMPA.
O Seprorgs buscou uma aproximação com a prefeitura de Porto Alegre para incluir o setor de TI no escopo da iniciativa de parcerias público privadas que o novo prefeito Nelson Marchezan Jr vem prometendo.
Representantes da entidade gaúcha estiveram reunidos com Marchezan na prefeitura nesta terça-feira, 23.
“Nos colocamos à disposição para contribuir com a elaboração de um projeto”, apontou o presidente do Seprorgs, Diogo Rossato. “Ao priorizar o desenvolvimento da atividade de TI, muitos problemas hoje enfrentados pela istração pública podem ser minorados ou até mesmo sanados”, agrega.
Na prática, a chave do assunto seria uma mudança no perfil da Procempa, estatal municipal de processamento de dados.
O tema foi abordado por diretor Rafael Sebben, diretor do Seprorgs, que destacou o exemplo do sistema de nota fiscal eletrônica de serviços da Procempa como o tipo de solução que poderia ser provida pela iniciativa privada.
A capital gaúcha foi uma das últimas no país a implementar a NFS-e, feita pela Procempa a partir de software open source da Prodemge, companhia estatal de processamento de dados de Belo Horizonte.
Além da nota, os representantes do Seprorgs citaram como exemplos a fiscalização e gerenciamento da base de contribuintes, a redução de despesas e controladoria e o aumento da transparência na gestão e do o à informação.
Marchezan, que já se havia reunido com representantes do setor de TI em outras ocasiões, se mostrou receptivo às ideias.
“Nunca estivemos tão abertos à integração com a iniciativa privada. Pedimos apoio, sugestões de ações e alterações, o que for de inovador para fazer uma nova Porto Alegre”, destacou o prefeito.
É aguardado para os próximos dias a primeira reunião do Comitê Gestor de Parcerias Público-Privadas (PPPs) no qual serão definidos os termos de uma série de parcerias, indo desde iluminação pública até tratamento de esgotos, ando por placas e relógios de rua, e, mais ambiciosamente, um novo centro de eventos e a concessão do Mercado Público.
O tema Procempa não tem aparecido muito entre os projetos especulados pela imprensa, mas isso não quer dizer muito. TI não é o tipo de tema que costuma se usar para exemplificar PPPs na grande imprensa.
Marchezan, durante a campanha eleitoral, citou diversas vezes a Procempa como uma empresa que mereceria sua atenção, mencionando o alto custo da folha de pagamento em relação ao volume de serviços entregues.
A Procempa é cara, mais cara do que Porto Alegre pode pagar”, disparou Marchezan durante uma reunião com representantes da entidades de TI, depois de listar o que vê como problemas na empresa. “Cinquenta pessoas ganhando R$ 50 mil, operadores de call center ganhando R$ 8 mil, R$ 650 por ponto de rede, incluindo conexão e sistemas”, completou o prefeito eleito.
Mais do que isso, depois de vencer ele nomeou para a presidência da estatal Paulo Miranda, ex-secretário Municipal da Informação e Tecnologia da Prefeitura de Curitiba.
A capital paranaense não tem uma estatal municipal de processamento de dados.
Esse papel é executado pelo ICI (Instituto das Cidades Inteligentes), uma associação sem fins lucrativos focada em fornecer soluções de tecnologia para diferentes prefeituras, incluindo a capital paranaense.
O ICI é um animal híbrido no mercado de soluções para a istração pública, principalmente na esfera municipal, dividido entre uma série de empresas privadas que atendem o mercado de massa e empresas públicas de processamento de dados nas maiores capitais.
Criado em 1998, a ICI é istrada como uma empresa privada e gerida por um conselho de istração no qual tem assento entidades empresariais como Assespro-PR, da área acadêmica com cinco assentos; e do maior cliente, a prefeitura de Curitiba, com quatro.