Presidente Bolsonaro, durante evento em Brasília. Foto: José Cruz/Agência Brasil.
Ao que tudo indica, Serpro e Dataprev devem escapar de serem privatizadas.
De acordo com um novo cronograma do Programa de Parcerias de Investimento, o governo projeta uma venda para 2023.
As datas foram apresentadas pela secretária especial do Programa de Parcerias de Investimento, Martha Seillier, à XP Investimentos, nesta quinta-feira, 27.
Serpro e Dataprev figuravam já na primeira lista de empresas a serem vendidas apresentada pelo Ministério da Economia ainda em 2019.
Desde então, foram incluídas no cronograma para venda em 2020, no primeiro semestre de 2021, depois no fim do ano ado, depois para o meio e em seguida para o final de 2022.
A data no segundo semestre, em meio a campanha eleitoral, já tornava pouco provável uma privatização, o que agora parece ainda mais improvável.
Primeiro, porque em 2023 o governo Jair Bolsonaro pode não existir mais.
Segundo um levantamento divulgado pela XP nesta semana, o ex-presidente Lula tem 44% das intenções de voto, contra 24% de Bolsonaro.
São cifras que colocam Lula próximo de uma vitória no primeiro turno. Caso eleito, parece certo dizer que o ex-presidente não vai dar continuidade ao plano de privatizações.
Mesmo em caso de vitória de Bolsonaro, parece difícil cravar que as privatizações efetivamente aconteceriam.
A agenda liberal do governo perdeu muita força, as estatais estão cheias de militares e parecem estar adquirindo prestígio na stração.
No ano ado, inclusive, o governo federal decidiu começar a pagar um bônus extra para diretores de empresas públicas, incluindo, de forma inédita, também aquelas que dão prejuízo.
Maurício Renner 5wt6n
Editor at Baguete Diário