Software de CAD é cada vez mais uma comoditie. Foto: Shutterstock
Siemens PLM e Autodesk anunciaram um acordo visando “aumentar significativamente” a interoperabilidade entre suas ofertas de software de CAD.
Pelos termos do acordo, as empresas compartilharão suas ferramentas de desenvolvimento e aplicativos para usuários finais a fim de criar e divulgar produtos compatíveis.
Em nota, as companhias apontam para o fato de muitas empresas usarem soluções de diferentes fabricantes de software CAD dentro das suas operações.
“A incompatibilidade entre vários sistemas de CAD tem sido uma questão que afeta os fabricantes em todo o mundo e tem impacto nos preços dos produtos, de carros e aviões a smartphones e tacos de golfe”, afirma Stefan Jockusch, vice-presidente de estratégia da Siemens PLM Software.
Há algum tempo os principais players do mercado de CAD vem reconhecendo que as soluções estão em grande parte comoditizadas, o que torna cada vez menos atrativo para os clientes investir em grandes projetos de migração de plataformas.
A PTC, por exemplo, anunciou ainda em 2014 que o Creo 3.0 teria funcionalidades que permitiriam brir diretamente no software arquivos criados por soluções como o NX, da Siemens e Catia e SolidWorks, da Dassault Systemes.
Na época, a multinacional americana frisou que não se tratava de importação de arquivos (uma abordagem tradicional, com tradicionais problemas de perda de informações).
Apesar de dados do Aberdeen Group indicarem que as melhores empresas na sua categoria terem uma possibilidade 35% maior de trabalhar com um ambiente de CAD unificado, a realidade é que a maioria das organizações trabalha com múltiplos formatos (40% da base de usuários da PTC, segundo pesquisa da empresa).