
A justiça é cega, mas a jurimetria não. Foto: Depositphotos.
A Softplan, uma empresa catarinense de destaque na área de tecnologia para o setor jurídico, comprou a Deep Legal, uma startup paulista dona de uma plataforma digital de monitoramento e análise de dados focada no setor jurídico.
Com a chegada da Deep Legal, mais 40 clientes farão parte desse ecossistema, incluindo grandes companhias como Volkswagen, Piay e Santander.
A CEO é Vanessa Vilarino Louzada, uma advogada experiente, que já havia trabalhado na digitalização do Cruz, Amaral & Dias, uma grande banca de advogados paulista, além de ter sido coordenadora jurídica do Banco Santander.
A startup tem no board Isa Ventura, ex-CEO da Squid, uma startup bem sucedida na área de análise de dados para marketing.
Os clientes da Deep Legal são grandes empresas que usam a chamada jurimetria nos seus departamentos jurídicos.
Assim, eles podem decidir como proceder em um processo judicial X com base na aplicação de métodos quantitativos a partir do apoio de inteligência artificial, mineração de dados, exame de tendências, padrões e precedentes legais.
“A Deep Legal chega para complementar o nosso ecossistema jurídico em pilares que ainda não dominávamos, como em jurimetria”, afirma Sérgio Cochela, diretor da área de legaltech privada da Softplan.
Com a compra, a Deep Legal fará parte da vertical de legaltech da Softplan, que inclui a Projuris, principal plataforma de inteligência jurídica da companhia, que já conta com uma carteira de clientes com mais de cinco mil escritórios e cerca de 850 departamentos jurídicos, totalizando mais de 31 mil usuários no sistema em todo o Brasil.
O Projuris veio por meio da aquisição de uma empresa de ville com o mesmo nome em janeiro de 2022. Não foi revelado o valor do negócio, mas a Softplan disse na época que foi a maior aquisição já feita pela companhia.
Fundada em 1990 em Florianópolis, a Softplan tem 2,7 mil funcionários e mais de 12 mil clientes.
Seu carro-chefe é o SAJ Tribunais, uma solução com 100 mil usuários que gerencia mais de metade dos processos da justiça estadual, além de atender tribunais de justiça em todo o país.
Com mais de 3,5 mil colaboradores e 12 mil clientes, a Softplan deve faturar R$ 921 milhões neste ano, uma alta de 26% frente aos resultados do ano ado.