
Receita da Starlink em 2022 ficou longe dos US$ 12 bilhões projetados. Foto: Depositphotos
A Starlink, empresa de Elon Musk especializada em banda larga de alta potência para regiões remotas, ficou muito abaixo das suas próprias metas.
Segundo uma projeção interna de 2015 obtida pelo Wall Street Journal, a empresa deveria ter fechado 2022 com 20 milhões de clientes, 20 vezes mais do que o 1 milhão com o qual fechou o ano ado.
A projeção obtida pelo WSJ é da SpaceX, empresa de exploração espacial de Musk, e foi usada quase 10 anos atrás para arrecadar dinheiro de investidores.
Nela, foi divulgado que a projeção para o ano ado também incluía uma receita de US$ 12 bilhões e US$ 7 bilhões em lucro operacional.
Na realidade, a receita da Starlink em 2022 foi de US$ 1,4 bilhão, um aumento em relação aos US$ 222 milhões de 2021. Em relação ao lucro, os documentos não especificaram se a empresa é lucrativa.
Em fevereiro deste ano, Gwynne Shotwell, presidente e COO da SpaceX, disse que a Starlink deverá obter lucro em 2023.
Nos primeiros três meses deste ano, a empresa obteve lucro de US$ 55 milhões sobre uma receita de US$ 1,5 bilhão, segundo o WSJ.
Em relação ao número de clientes atual, em outubro de 2023, Jonathan Hofeller, vice-presidente da Starlink, disse que a empresa estava na casa do 1,5 milhão.
Para usuários dos Estados Unidos, o serviço da Starlink custa US$ 120 (cerca de R$ 607) por mês na maioria dos locais e US$ 90 (R$ 455) por mês em locais de “alta disponibilidade”.
Os satélites são apenas uma parte da SpaceX. Fundada em 2002, a empresa já realizou missões de turismo espacial e enviou astronautas e suprimentos para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) pela Nasa.