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Empresa se espelha em companhia norte-americana do ramo (Foto: Depositphotos)
A Versa Fuel, primeira startup brasileira a trabalhar com delivery de combustíveis, está estudando fundos de investimento para realizar a captação da sua primeira rodada oficial, com a meta de levantar entre R$ 8 milhões e R$ 10 milhões.
O montante deve ser investido na frota de vans e caminhões do negócio, que atualmente conta com quatro veículos com capacidade de 900 a 1,8 mil litros de combustível.
Fundada em 2020 por Ricardo Amaro após um amigo da faculdade ficar sem gasolina no meio da rua, a companhia também contou com João Amaro, irmão de Ricardo, e Matheus Amaral, ex-estagiário da Amazon, para sua criação.
Segundo reporta o Brazil Journal, os fundadores alavancaram o projeto da empresa com um aporte que, na época, totalizou R$ 4,5 milhões. O valor foi proporcionado pela família dos irmãos Amaro, que controla o Grupo Santa Joana, dono do hospital Pro Matre Paulista.
Contribuíram também investidores anjo como Marcelo Saad, da Laplace; Fábio Scripilliti, do Grupo Votorantim; João Moraes, da XP; e as famílias Denker e Nahas.
Os sócios se inspiraram na estadunidense Booster Fuel, sua principal referência, que compra o produto diretamente das distribuidoras norte-americanas e o entrega para seus clientes. Nesse caso, a empresa é concorrente direta dos postos de combustível.
Já a Versa, que atua no modelo B2B e B2C, precisa seguir as regras brasileiras para entregar combustível em vans e caminhões adaptados com bombas de abastecimento em Campinas, Jundiai, Cajamar, Caieiras e São Paulo.
No Brasil, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) exige que a empresa tenha parceria com os postos, uma vez que apenas estabelecimentos credenciados podem comprar de distribuidoras.
Esse arranjo faz com que a startup divida seus lucros com os postos parceiros, cujo share varia dependendo de quem comprou o veículo que realizou a entrega do combustível, a Versa ou o posto, e de se o posto utiliza o sistema de pagamentos da parceira.
Para iniciar suas operações, a startup dedicou o último ano para adquirir diversas licenças com a ANP, uma vez que a modalidade de delivery de combustíveis precisou ser criada do zero no Brasil.
Agora, a empresa consegue rear o produtos a preços mais baixos para os seus clientes, em geral R$ 0,20 menos do que em postos, apesar de depender da região atendida.
Isso é possível pois, além de não ter custos de aluguel, funcionários e energia elétrica como um posto de gasolina comum, toda a diferença dessa logística é reada para o consumidor final, o que torna a margem de lucro da Versa próxima à dos postos.
“Em números fictícios, imagina que o posto compra a gasolina a R$ 4 da distribuidora e vende a R$ 6 porque ele tem R$ 1 de custos e quer R$ 1 de lucro. A Versa quer o mesmo R$ 1 de lucro, mas só temos R$ 0,80 de custos. Essa diferença reamos para o cliente”, explicou Ricardo ao BJ.
Hoje, a empresa atende a Localiza, maior empresa de aluguel de veículos da América Latina, em uma de suas unidades para frotistas em São Paulo, bem como a DHL, multinacional do ramo de armazenagem e distribuição, que fechou um contrato para uma de suas operações de Jundiaí.
Conforme o Brazil Journal, ambas companhias estudam aumentar a abrangência dos contratos.
Para o futuro, a startup flerta com a possibilidade de fornecer carregamento para carros elétricos por delivery, assim como a Booster já faz no mercado norte-americano.