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O Telegram, aplicativo russo que é um controverso concorrente do WhatsApp, está cada vez mais entrando no mercado de criptomoedas, a ponto de essas atividades se tornarem uma das principais fontes de receita da empresa.
Segundo um levantamento divulgado pelo site do Financial Times, 43% do faturamento da companhia em 2023 (aproximadamente US$ 342,5 milhões) veio de transações e serviços ligados a criptoativos.
Na prática, o Telegram tem carteiras digitais integradas que permitem ao usuário armazenar, enviar, receber e negociar ativos digitais diretamente no app.
A empresa também disponibiliza um marketplace, onde os usuários podem comprar e vender itens colecionáveis, names exclusivos e números de telefone virtuais, tudo com uma criptomoeda própria batizada de Toncoin (TON).
Com isso, a companhia se tornou alvo de órgãos reguladores como a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC). A instituição alegou que a venda dos ativos pelo app configurava uma oferta pública, o que exigiria autorização.
Desenvolvedores independentes assumiram então o controle da Toncoin, sem a participação do Telegram, o que desviou a atenção dos órgãos reguladores. Isso fortaleceu a criptomoeda, atraindo investimentos e levando-a a ser listada em diversas exchanges.
Atualmente, o serviço de mensagens é apenas um pretexto para a empresa avançar nessas novas fontes de receita.
O movimento do Telegram reflete uma tendência de mercado, que integra aplicativos de mensagens e serviços financeiros. O mercado de criptomoedas está em expansão e, globalmente, já ultraa os US$ 2 trilhões.
Ao integrar a Toncoin, a empresa russa busca explorar ainda mais as funcionalidades do blockchain e se consolidar no mercado global de criptomoedas. Ao se tornar referência no nicho, pretende atrair investidores e explorar ainda mais recursos dentro do app.