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Trabalhadores da Procempa aceitam proposta da empresa para encerrar greve. Foto: Raquel Casiraghi/Comunicação Sindppd-RS
Uma reunião realizada na quarta-feira, 24, encerrou a greve na Procempa, que começou na segunda-feira, 15.
Reunidos com o Comitê de Política Salarial da prefeitura de Porto Alegre, representantes do Sindppd-RS e da Procempa aceitaram o reajuste salarial pelo INPC, retroativo a novembro de 2012.
Inicialmente, os grevistas reivindicavam ajuste pelo IGP-M, mais usado em alugueis, que tem diferença de 1,7 ponto percentual para cima em relação ao INPC, proposto desde o início pela Procempa.
A demanda do Sindppd-RS foi atendida quanto à forma de pagamento, que será em parcela única, ao invés de parcelado, conforme inicialmente solicitado pela gestão da empresa.
Outra vitória dos grevistas foi o abono dos nove dias de paralisação.
No encontro, também ficou definida a aplicação das promoções reivindicadas pelo sinditaco, num prazo de três meses, e acordada a revisão do Plano de Cargos da Procempa, com prazo até setembro deste ano.
Desde o começo da greve, os colaboradores parados acusaram a Procempa de ser um “cabide de empregos”, no qual cargos em comissão são concedidos como prêmio pela prefeitura, tirando vagas de funcionários de carreira.
De acordo com informações do Sindppd-RS divulgadas na rádio Guaíba, a Procempa tem hoje 39 CCs, a um custo mensal de R$ 340 mil.
O número apontado pelo sindicato mostra diminuição em relação ao divulgado pela estatal em maio de 2012, quando a estatal afirmava ter 52 CCs.
Representantes da Procempa afirmaram na época que a contratação de CCs estava dentro das opções legais permitidas pelo regulamento e que as contratações foram necessárias dentro de um escopo de atribuições que foi ampliado nos últimos anos.
Na reunião que encerrou a greve, a perfeitura de Porto Alegre propôs a criação de um grupo de trabalho para debater um novo plano de cargos.
De acordo com divulgação do Sindppd-RS à imprensa, a meta é seguir demandando revisões nos cargos e salários, benefícios como plano de saúde para aposentados, redução do número e dos salários dos CCs.
“Outras manifestações não estão descartadas”, garante o sindicato.