
Rodrigo Nardoni, vice-presidente de Tecnologia e Cibersegurança da B3.
A B3, bolsa de valores do Brasil, vai adotar o Backstage, plataforma open source para construção de portais de desenvolvedores, para organizar o seu desenvolvimento de softwares.
O projeto será entregue pela Thoughtworks, uma multinacional especializada em desenvolvimento de software, que irá adaptar o Backstage para as necessidades da B3.
A plataforma vai funcionar como um portal no qual os times da B3 poderão se servir das ferramentas, códigos e templates já testados e disponíveis, diminuindo o tempo gasto em desenvolver novos produtos.
Hoje, os diferentes times da B3 dependem de uma única área de TI para dar apoio no desenvolvimento das soluções, o que gera gargalos em períodos de alta demanda.
“A mudança irá contribuir para adoção da mentalidade de open source, ou seja, uma filosofia participativa, na qual nossos times trabalharão de forma ainda mais colaborativa”, explica Marcos Albino Rodrigues, superintendente de Arquitetura de TI, Governança e Inovação (CTO) da B3.
A novidade atenderá principalmente às equipes de desenvolvimento de produto e de engenharia de software, além de profissionais de outras áreas que também estão envolvidos nas entregas.
“Esse é mais um dos projetos que fazem parte da estratégia de transformação digital da B3. Buscamos a contínua atualização dos nossos sistemas para atender às demandas de um mercado muito dinâmico”, diz Rodrigo Nardoni, vice-presidente de Tecnologia e Cibersegurança da B3.
A B3 tem apostado pesado em tecnologia nos últimos tempos.
Um dos negócios mais chamativos foi fechado em 2021, com a aquisição da Neoway, um dos maiores nomes do país no segmento de big data e analytics, um negócio de R$ 1,8 bilhão.
Já no ano ado, a B3 comprou a Datastock, uma fornecedora de software para revendedores e concessionárias de veículos, em um negócio que pode chegar a R$ 80 milhões.
Outras movimentações têm sido feitas usando o L4, um fundo de investimentos com capital de R$ 600 milhões lançado em 2022.
Em março, por exemplo, a B3 comprou a Vermiculus Financial Technology, empresa sueca de tecnologia para bolsas de valores, por US$ 5,55 milhões.
Foi o terceiro investimento feito pela L4, que já realizou aportes na Parfin, líder em infraestrutura web3 na América Latina, e na Bridgwise, que usa inteligência artificial para gerar relatórios de pesquisa e recomendações sobre ativos de mais de 44 mil negócios de capital aberto.