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Alunos da Estácio em uma unidade da instituição. Foto: divulgação.
Integrantes da área de TI da Estácio, uma das maiores instituições de ensino superior do país, atualmente em processo de fusão com a Kroton, acabaram envolvidos numa denúncia policial por roubo de dados confidenciais.
Segundo publica o Valor Econômico, a Estácio registrou um boletim de ocorrência, na terça-feira, 18, na 16ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro, oferecendo indícios de que dados do computador do CEO Pedro Thompson teriam sido roubados e vazados para a mídia.
Com base em investigação feita pela ICTS Proviti, e auditoria interna feita pela Estácio, o BO afirma que há fortes indícios de que um computador antigo de Thompson tenha sido clonado por Israel Silva, um ex-funcionário de TI da Estácio, e Luiz Walnei, um funcionário da área de TI da empresa.
Um terceiro funcionário da TI da empresa, Pedro Barthel, teria denunciado à companhia o envolvimento do colega e do ex-colega. Eles teriam atuado em conjunto com o ex-CEO da Estácio, Rogério Melzi, que saiu da empresa em junho do ano ado.
O Valor não chega a informar sobre as motivações de Melzi, mas é sabido que enquanto foi CEO da Estácio o executivo se opôs à fusão com a Kroton.
O registro do boletim informa que a correspondência entre Thompson e a advogada Paola Pugliese, do escritório Demarest, foi violada e divulgada à mídia, no caso ao próprio Valor, que publicou uma matéria sobre o assunto em março.
A advogada assessorava a Estácio no processo de fusão com a Kroton junto ao Cade.
E-mails trocados entre Thompson e o escritório de advocacia Demarest davam a entender que uma das possibilidades para bloquear a fusão seria apresentar ao Cade denúncia de que estaria havendo “gun jumping”, ou uma tomada do comando da empresa pela Kroton antes da fusão ser autorizada pelo órgão regulador.