
Foto: flickr.com/photos/pacgov
O setor eletrônico gaúcho sentou pra conversar nessa quinta-feira, 02, com a indústria de óleo e gás num dos mais promissores poços para negócios com o setor: Rio Grande.
Na rodada de negócios, promovida pela Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), compradoras como EBR, Engevix, IESA, Quip, Wilson Sons e UTC mantiveram encontros com nomes como Elipse, Tecnotag, Digistar e outras empresas de TIC.
Grandes nomes gaúchos do setor, como a Altus e Lupatech, por exemplo, não compareceram.
A primeira, já tem contratos no valor de R$ 120 milhões firmados com a Petrobras. Já a Lupatech tem lutado para se manter de pé desde que contratos com a estatal não foram concretizados.
PMEs NA RODA
Segundo Aloísio Félix da Nóbrega, vice-presidente da AGDI, as grandes não eram o foco.
“Queremos que as pequenas e médias empresas possam aproveitar as grandes oportunidades advindas deste novo cenário”, salienta Nóbrega.
Foram 140 empresas inscritas dos mais variados segmentos – da modelagem de peças para plataformas a empresas especializadas no transporte de executivos.
“Nenhum outro estado brasileiro tem uma indústria tão diversificada quanto à gaúcha, desde materiais leves a pesados, do parafuso ao casco, o que é fundamental para a sustentação e fortalecimento de toda a cadeia do setor”, afirmou Nóbrega
A VEZ DO ÓLEO E GÁS
No final do mês ado, o governo estadual gaúcho lançou um edital de R$ 2,5 milhões para os setores de TI e óleo e gás, com recursos da Rede Riosul.
Pelas regras da disputa, os projetos, com valores de até R$ 300 mil, deviam ser apresentados por, no mínimo duas instituições que fazem parte da Rede Riosul e por uma empresa.
CHANCE PARA RIO GRANDE
A rodada de negócios é também uma forma de promover a cidade de Rio Grande.
Quarto maior PIB entre os 10 municípios com a maior população no estado, Rio Grande teve, em 2009 (último dado da FEE), um resultado de R$ 6,3 bilhões, 0,3% inferior ao do ano anterior.
O PIB per capita foi de R$ 32 mil no mesmo ano. Na mesma época, o PIB per capita para o Rio Grande do Sul era de R$ 19,7 mil.
Apesar de aparentemente promissor, a cidade tem se mobilizado para garantir que, quando a Petrobras for embora, o dinheiro fique.
Das 140 empresas participantes da rodada, 10% eram da própria cidade de Rio Grande, e outras 9,28% eram de Pelotas – totalizando 27 empresas participantes da zona Sul.
Além disso, desde os anúncios dos investimentos da Petrobras, a FURG e outras entidades têm se mobilizado para promover a criação do Oceantec, um parque tecnológico voltado para a área de TI em óleo e gás.
Uma das últimas ações foi a candidatura a um edital de R$ 12,8 milhões lançado pelo programa de Apoio aos Parques Tecnológicos, da Secretaria de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico.