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A prefeitura de Tramandaí, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, investirá R$ 1,5 milhão na modernização da educação municipal.
Estão previstos no projeto, feito em parceria com a MStech, a compra de lousas digitais e computadores, além de treinamentos de capacitação para pelo menos dois terços dos quase 300 professores do quadro, já a partir da segunda quinzena de março desse ano.
Numa etapa posterior, 400 netbooks serão disponibilizados nas 10 escolas do município.
“Queremos fazer mais do que apenas comprar computadores. Queremos que os professores se sintam à vontade para usar essas máquinas como parte das suas aulas”, explica a secretária municipal de educação, Alvanira Gamba.
Chamado de Maré Digital, o projeto será lançado na próxima segunda-feira, 27.
Nivelar conhecimentos
Cidade com 5,5 mil alunos no ensino fundamental – público-alvo do projeto –, Tramandaí possui um PIB per capita de R$ 8,7 mil (menos da metade do estadual) e 41,5 mil habitantes, conforme dados da Famurs e do IBGE.
Na área urbana, vivem 97,6% dos moradores da cidade litorânea. Pelo menos três operadoras atuam na região – Claro, Vivo e Oi – com ofertas de o à internet. Ou seja, há chances de que os alunos já cheguem nas escolas entendendo bastante de informática.
Por isso a intenção de nivelar o conhecimento dos professores, e equipar para o uso pedagógico dos laboratórios da escola.
Treinamento avançado
A capacitação, que se inicia em 19 de março, terá 10 turmas de 20 professores, que serão treinados nos laboratórios de informática das escolas de Tramandaí.
O treinamento envolve não apenas o uso do equipamento, mas também de softwares educacionais, implementados pela MStech.
“O forte do projeto é a qualificação”, ressalta Marjorie Nunes, coordenadora de Projetos Educacionais da empresa, voltada para a área de tecnologia e educação.
Estão inclusos no projeto a lousa digital, o desenvolvimento de um portal da escola, a criação de uma sala de aula virtual, repositórios de objetos de aprendizagem, softwares de gestão pedagógica do ambiente informatizado e a modernização dos softwares de todos os laboratórios de informática.
Por que tablets?
Estrategicamente, porém, o uso de netbooks em plena era tablet pode parecer contraproducente.
Segundo a consultoria Gartner, em alguns mercados, as vendas tiveram retração de 40% no ano ado, à medida em que os tablets ganham popularidade em todos os segmentos de uso – doméstico, corporativo e governo.
No Rio Grande do Sul, por exemplo, a secretaria estadual da Educação fez parceria com a Samsung para um piloto em que 37 aparelhos serão distribuídos aos professores de um colégio, e a prefeitura porto-alegrense comprou 550 tablets para uso na rede pública.
“Optamos pelos netbooks em função da mobilidade e outras vantagens. Mas os tablets não foram esquecidos. Os professores que serão treinados usarão, com muita tranquilidade, esse tipo de equipamento”, garante Gamba.
Além disso, a secretaria promete que, uma vez que o projeto seja bem recebido pela comunidade escolar, será ampliado, incluindo novos equipamentos. Os tablets poderão estar entre eles.
MStech
Com uma equipe de 200 professores trabalhando ao lado de profissionais de TI, a MStech – com sede em São Paulo – tem projetos similares em São Francisco de Paula e outras cinco escolas gaúchas.
Além disso, municípios em São Paulo e no Paraná também contrataram a empresa para implementar salas virtuais e capacitar professores.