
O Uber abriu uma central de atendimento em São Paulo. Foto: Divulgação.
A Uber realizou um investimento de R$ 200 milhões na abertura de uma central de atendimento em São Paulo.
De acordo com o Estado de São Paulo, o espaço foi inaugurado nesta terça-feira, 17. A unidade vai gerar inicialmente 2 mil empregos diretos. A previsão é contar com uma equipe de até 7 mil pessoas até o final do ano.
A central de atendimento do Uber tem o objetivo de melhorar o e técnico tanto aos ageiros quando aos motoristas do aplicativo. A unidade aberta em São Paulo atenderá a todo o Brasil.
Até então, o serviço de atendimento ocorria de forma descentralizada.
Na capital paulista, onde o serviço de transporte por aplicativos é regularizado, o setor foi responsável pela arrecadação de R$ 23 milhões até novembro do ano ado, sem contar os impostos que já incidem às demais atividades econômicas, relata o Estadão.
Com a central, o Uber busca revitalizar sua imagem junto ao público. Alguns indícios mostram que o encanto dos clientes com a empresa parece ter diminuído nos últimos meses.
O ranking de dezembro das empresas mais citadas no site Reclame Aqui colocou o Uber na 9ª posição, com 5 mil reclamações. Em 2015, a companhia mantinha um status de reputação boa no site, mas ou a ter o conceito classificado como regular.
As queixas no portal incluem dúvidas sobre a tarifa dinâmica, falhas de , problemas com troco para pagamentos em dinheiro e comportamento inapropriado dos motoristas.
Uma das principais reclamações dos usuários está ligada a uma mudança realizada pelo app em outubro sobre a tarifa dinâmica. Hoje, o aplicativo apenas estima o preço final da corrida, sem mostrar se há alguma taxa multiplicadora sendo aplicada. Assim, o cliente não sabe se o preço pago é o padrão ou dinâmico.
O aumento das queixas também tem relação com a crescente popularidade do app. O Uber chegou a figurar pela primeira vez, em dezembro, no ranking dos 20 apps mais facilmente encontrados na primeira tela do smartphone dos internautas brasileiros.
A lista elaborada pela pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box aponta o Uber no sétimo lugar, aparecendo na home screen de 9,3% dos smartphones de brasileiros.
Além de recuperar sua imagem, o Uber precisa investir para lidar com competições no mercado de transporte individual. O setor tem ganhado novos concorrentes, como Cabify, EasyGo e 99Pop.
Há duas semanas, a Didi Chuxing, conhecida como “Uber chinesa”, realizou um aporte de cerca de US$ 100 milhões na 99, com foco na nova modalidade de transporte.
Além do investimento, a Didi vai oferecer e e aconselhamento estratégico nas áreas de tecnologia, desenvolvimento de produtos, operações e planejamento de negócios.