
A UNESP oferece 134 cursos de graduação em 34 unidades espalhadas por 24 cidades. Foto: Divulgação
A Universidade Estadual Paulista (UNESP) adotou a solução da Datadog, plataforma norte-americana de monitoramento para aplicações em nuvem, em um projeto entregue pela Delfia, consultoria conhecida anteriormente como Econocom.
A instituição contratou a ferramenta por meio da Delfia como uma provedora de serviços gerenciados (MSP, na sigla em inglês). Dessa forma, a UNESP paga pelo consumo, com a possibilidade de mudar o recurso da Datadog que quiser com o ar do tempo.
"É uma abordagem flexível que nos ajudou a precificar a oferta a partir de nossos objetivos. Contratamos um ‘balde de serviços’ que é utilizado de acordo com o que precisamos”, conta Ney Lenken, CIO da UNESP.
Para implementar a solução, profissionais da universidade e da Delfia trabalharam na configuração de centenas de alertas e de dezenas dashboards, além de um grande dashboard que serve de overview.
"O dashboard principal foca os dados mais relevantes para a nossa operação, enquanto os dashboards periféricos são usados para chegar no detalhe do detalhe", explica Leken.
Esses painéis são customizados, só servem para a UNESP. As métricas são adaptadas às demandas da universidade, que tem diversas aplicações desenvolvidas internamente.
Na prática, a instituição está usando os recursos de segurança da Datadog para rastrear vulnerabilidades e monitorar se correções foram efetivamente feitas, bem como realizar análise de links de rede e de telecom.
“A plataforma documenta esse processo, deixando tudo registrado em uma base de dados. Posso, também, checar a postura dos usuários, verificando, por exemplo, se alguém tentou fazer operações no banco de dados fora do perfil adequado. Isso lança luzes sobre violações ainda numa fase incipiente, nos dando tempo hábil para agir”, detalha Carlos Coletti, coordenador de infraestrutura de TI da Fundunesp.
Após a adoção, a UNESP afirma que as suas aplicações se mantiveram com uma disponibilidade de 99,7% ao longo do ano, além de uma maior otimização do tempo do time de TI e segurança.
"Nos últimos três meses só tivemos 43 minutos de indisponibilidade de sistemas. Agora podemos fazer mudanças – mesmo que seja um patch management – no nosso ambiente sabendo exatamente o que vai acontecer, de modo a evitar impactos sobre os usuários”, destaca o CIO.
Outro destaque de uso da solução na universidade é no sistema de matrículas. Nos períodos de pico, 5 mil novos estudantes e 30 mil alunos antigos precisam, simultaneamente, se registrar na instituição.
Neste caso, a necessidade era ter maior observabilidade. Com a plataforma, a UNESP consegue identificar um problema em cinco minutos e, em menos de uma hora, corrigi-lo.
Antes, seria necessário dedicar horas de vários profissionais para identificar e corrigir alguma questão.
A Unesp foi criada em 1976 a partir de institutos isolados que existiam em várias regiões do estado de São Paulo. A instituição conta com 3 mil professores e oferece 134 cursos de graduação em 34 unidades espalhadas por 24 cidades, com mais de 50 mil alunos matriculados.
A Datadog foi fundada em 2010 na França, mas transferiu sua sede em 2016 para Nova Iorque, onde abriu capital na Nasdaq em 2019.
A empresa monitora nuvens da AWS, Azure, Google Red Hat, Openshift, VMware e OpenStack e teve faturamento de US$ 1,6 bilhão em 2022.
Originada da Interadapt Solutions, a Delfia era conhecida como Econocom até o ano ado, quando suas operações brasileiras foram vendidas para Bocchi, CEO da companhia no Brasil há quatro anos.
Em 2022, a empresa fechou o ano com um faturamento de R$ 175 milhões, alta de 45,83% em comparação com o ano anterior. Hoje, conta com 420 colaboradores e 170 clientes.