
Guilherme Araújo, líder da Unidade de Segurança da IBM Brasil. Foto: Divulgação.
A IBM lançou hoje sua plataforma beta do Watson para Cibersegurança. Inicialmente, 40 organizações testarão o sistema para combater as ameaças virtuais.
Entre as empresas que vão utilizar a plataforma estão Sun Life Financial, Universidade Médica de Rochester, Corporação Scana, Grupo Financeiro Sumitomo Mitsui, Universidade Politécnica da Califórnia, Universidade de New Brunswick, Avnet e Smarttech. A IBM não divulgou outros nomes.
Ao disponibilizar o sistema beta a esses clientes, a IBM espera continuar aprimorando o conhecimento do Watson sobre segurança cibernética e sua integração nas operações de segurança das corporações.
Com o Watson nos ambientes de segurança, os clientes obtêm mais inteligência de dados contra os ataques de cibercriminosos.
Uma das funções do sistema é determinar se um ataque de segurança atual está ou não associado a uma campanha conhecida de malware ou cibercrime. Em caso afirmativo, o Watson fornece informações sobre o malware utilizado, as vulnerabilidades exploradas e o escopo da ameaça, entre outros insights.
O Watson também permite melhor identificação de comportamentos suspeitos, pois fornece contexto adicional à atividade do usuário.
“O Watson para CyberSecurity utiliza tecnologias da terceira era da computação, como capacidade de aprendizagem, entendimento da linguagem natural e geração de hipóteses, para ajudar os analistas de segurança a tomar melhores e mais rápidas decisões a partir da análise de grandes quantidades de dados não estruturados”, afirma o líder da Unidade de Segurança da IBM Brasil, Guilherme Araújo.
Enquanto o desenvolvimento do Watson para Cibersegurança continua, a IBM trabalha para incluir capacidades analíticas e cognitivas mais avançadas em outras áreas do seu portfólio de segurança como, por exemplo, aplicar tecnologias que analisam padrões de comportamento e alertam o centro de operações da empresa caso algo saia do padrão.
Esta funcionalidade foi recentemente agregada ao Qradar (UBA - Behavior Analytics), sem custo adicional aos clientes, que analisa comportamento das aplicações conforme a utilização dos usuários.
O Watson foi lançado pela IBM em 2014, a partir de um investimento de US$ 1 bilhão da companhia. A empresa investiu intensamente na área de saúde após lançar o sistema, aplicando mais de US$ 4 bilhões nas compras das companhias Phytel, Explorys e Merge Healthcare.
Depois do Watson for Health, a empresa trabalhou ao longo de 2016 para apresentar outras soluções de computação cognitiva para segmentos específicos.
Em setembro, a empresa lançou o Legal Cognitive em parceria com a Finch Soluções, empresa de tecnologia para a automação de processos jurídicos. O sistema para o mercado judiciário, que conta com recursos do Watson, dá e a profissionais do ramo em análises de documentações.
Também em setembro a IBM firmou um acordo para adquirir a consultoria financeira Promontory. O plano é combinar os conhecimentos da companhia de finanças com o Watson para aconselhar clientes sobre regulação financeira a partir de inteligência artificial.
Em 2015, a unidade IBM Security alcançou um faturamento de US$ 2 bilhões, um crescimento de 12% em relação ao ano anterior. A empresa como um todo registrou receita de US$ 81,7 bilhões, uma queda de 12% em relação aos US$ 92,8 bilhões registrados no ano anterior.