Zenvia: sem problemas com SVB 386t63

A Zenvia ou relativamente sem stress pela crise do Silicon Valley Bank, que deixou muitas startups de tecnologia com o cabelo em pé nesse final de semana.

Isso porque a  companhia de plataforma de comunicação e serviços móveis só tinha US$ 100 mil depositados no SVB, quantia que já estava coberta pela legislação americana antes mesmo do governo dos Estados Unidos decidirem dar uma garantia total para os valores depositados na instituição.

Apesar de ter capital aberto na Nasdaq desde julho de 2021 e ter entre seus acionistas a gigante chinesa Tencent e da americana Twillio, a Zenvia tem muito pouco capital fora do país.

Segundo uma nota enviada para o Baguete, que questionou a empresa sobre a situação relativa ao SVB, a Zenvia tem 92% do seu “caixa e investimentos de curto prazo” no Brasil.

Do restante, 4% fica no México, 2% na Argentina e 2% nos Estados Unidos.

“A empresa não prevê um impacto material na condição financeira ou nas operações como resultado da transição do SVB para a liquidação judicial pelo FDIC, e não possui linhas de crédito ou outras relações financeiras com o SVB”, resume a Zenvia.

A grande pergunta do momento é quem são as startups brasileiras que tem dinheiro no SVB.

Entre o sábado e esta segunda-feira, Nu Holdings, Inter&Co e PagSeguro afirmaram em comunicados separados que, assim como suas subsidiárias, não possuem qualquer exposição ao SVB, especializado em financiamento a startups de tecnologia.

Procurado pela Reuters, o Mercado Livre, dono do Mercado Pago, também afirmou em nota que não tem depósitos no SVB. 

A Bloomberg, por outro lado, cravou que “algumas startups” tinham mais de US$ 10 milhões depositados no banco e não conseguiram retirar o dinheiro até a instituição entrar em intervenção do governo americano nesta sexta-feira, 10.

Mas quem são, afinal, os candidatos brasileiros a levar um calote do Silicon Valley Bank? 

A matéria do Bloomberg desenha um perfil bem específico: empresas com operação off shore (Ilhas Cayman, como é o caso da Zenvia, Delaware, essas coisas) tinham recursos no banco, na maioria das vezes para receber aportes de fundos americanos.

Segundo fontes do site, nada menos que 90% das startups com esse perfil tinham dinheiro no Silicon Valley Bank.

Já no domingo, 12, temendo que o efeito da crise do SVB se espalhasse para outros bancos médios, o governo americano decidiu entrar em campo e garantir o valor integral dos depósitos, inclusive acima dos US$ 250 mil garantidos por lei.