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Foto: Deposit Photos.
O Banco Central reportou o vazamento de dados cadastrais vinculados a 174 chaves Pix de três singulares da Unicred do Brasil, cooperativa financeira com atuação nacional.
Entre as informações expostas, estão nome do usuário, F, instituição de relacionamento, agência, número e tipo da conta.
Como de praxe, o BC afirmou que o incidente de segurança ocorreu “em razão de falhas pontuais em sistemas dessa instituição”.
“Não foram expostos dados sensíveis, tais como senhas, informações de movimentações ou saldos financeiros em contas transacionais, ou quaisquer outras informações sob sigilo bancário. As informações obtidas são de natureza cadastral, que não permitem movimentação de recursos, nem o às contas ou a outras informações financeiras”, garantiu o órgão regulador.
As pessoas que tiveram seus dados cadastrais vazados serão notificadas exclusivamente por meio do aplicativo ou pelo internet banking da instituição de relacionamento.
Ainda de acordo com o BC, foram adotadas as ações necessárias para a apuração detalhada do caso e serão aplicadas as medidas sancionadoras previstas na regulação vigente.
Segundo a Unicred, o vazamento aconteceu em um "incidente malicioso de segurança" ocorrido entre os dias seis e sete de julho.
"As medidas adequadas para contenção foram imediatamente implementadas tão logo se teve ciência do incidente. As contas potencialmente afetadas foram imediatamente bloqueadas para investigação interna, seus dados de e senha foram resetados e os seus titulares foram avisados", afirma a cooperativa.
A empresa garante que "a ação maliciosa não comprometeu dados sensíveis, não resultou em transações financeiras fraudulentas e não afetou as operações da Unicred".
Desde o início do Pix, em 2020, um total de 1.085.923 chaves de usuários já vazaram em 12 instituições: Banese, o, Logbank, Abastece Aí, Phi Pagamentos, Fidúcia, Sumup, Banpará, Iugu, Pagcerto, 99Pay e Unicred. O maior vazamento foi no Banese, com dados cadastrais vinculados a 414.526 chaves Pix.
Em 2022, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, chegou a dizer que os vazamentos no Pix “não são tão relevantes” porque não incluem dados sensíveis. Campos Neto justificou que as informações expostas também constam em outros instrumentos, como cheques e cartões.
Apesar disso, o presidente ressaltou que a autarquia busca comunicar todas as ocorrências. "Comunicamos 100% dos vazamentos no Pix, mesmo os menores", disse o executivo em um evento.