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Gripen NG foi o escolhido.
Parte dos US$ 4,5 bilhões que o governo federal vai gastar comprando 36 caças Gripen NG, da sueca Saab, podem acabar no Rio Grande do Sul, mais precisamente na AEL Sistemas.
Subsidiária brasileira da israelense Elbit Systems instalada em Porto Alegre, a AEL foi escolhida em abril como fornecedora de equipamentos para o Gripen NG. Os primeiros entendimentos entre as companhias datam de 2009.
A AEL pode fornecer os chamados aviônicos, componentes usados nos aviões como displays, processadores, computadores, software e serviços de integração e e de logística.
“Ao fazer parte do projeto de desenvolvimento do Gripen NG, iremos desenvolver e fornecer as mais modernas tecnologias aviônicas na nova geração de caças, o que amplia ainda mais as contribuições já feitas pela empresa às Forças Militares do Brasil”, afirma Shlomo Erez, presidente da AEL, em nota divulgada pela empresa.
O acordo não é um contrato fechado, mas a AEL tem nas Forças Armadas um dos seus maiores clientes e também participa de uma t venture com a Embraer na fabricação de drones.
A dona da empresa é uma potência do setor. Com vendas de US$ 2,89 bilhões em 2012, a Elbit Systems é uma das maiores fabricantes de equipamentos eletrônicos para o setor de defesa do mundo, com 11 mil empregados em Israel.
Pela proposta da Saab, cerca de 40% do caça Gripen e até 80% da sua estrutura serão feitos no Brasil.
A fabricação dos caças suecos, que começarão a serem entregues em 2018, já tem outros fornecedores brasileiros como a Aker, na qual a Saab tem 15% de participação, e a Embraer.
Toda a parte de estrutura do avião será produzida em uma nova fábrica que a Saab pretende construir em São Bernardo do Campo, com um investimento de US$ 150 milhões.
AEL EM ALTA
Uma empresa com presença discreta, a AEL apareceu bastante mais do que o acostumado ao longo de 2013, como empresa-âncora do projeto de um polo espacial gaúcho, com o projeto do MMM-1, um microssatélite de defesa e monitoramento, de olho em um investimento de R$ 43 milhões do Finep.
No polo, ao lado da AEL, estão o governo estadual, empresas privadas como Digicon, universidades (Ufrgs, PUC-RS, Unisinos e UFSM), e estatais como Ceitec. Na parceria, a AEL desenvolverá o produto e os parceiros contribuirão com tecnologias e subsistemas para a plataforma.