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Angola desmancha quadrilha que enganava brasileiros 58o67

Cassino virtual com mais de 400 jogos induzia perdas financeiras e roubava dados bancários. 3rn7

29 de outubro de 2024 - 17:05
Callcenter do Cassino ilegal na Angola - Foto: Youtube da TV Zimbo

Callcenter do Cassino ilegal na Angola - Foto: Youtube da TV Zimbo

O Serviço de Investigação Criminal (SIC) da Angola desmantelou uma rede criminosa internacional que operava um cassino virtual com mais de 400 jogos on-line ilegais, incluindo o jogo do tigrinho. 

Manuel Halaiwa, superintendente-chefe da Investigação Criminal, detalhou à TV Zimbo que um dos principais crimes praticados pela quadrilha era enganar e roubar informações pessoais dos apostadores nas plataformas, em sua maioria brasileiros, além de alguns nigerianos.

A investigação identificou que diversos brasileiros realizavam apostas de R$ 10 a R$ 100 nas plataformas, obtendo poucos ganhos e muitas perdas, induzidas por um sistema istrado por operadores de um call center que funcionava 24 horas por dia. 

Para isso, mais de 113 angolanos trabalhavam organizados em dois turnos de 12 horas. Além dos angolanos, 46 chineses atuavam no local como líderes da organização. 

Com os dados cadastrados pelos apostadores, os criminosos também praticavam phishing para extrair informações bancárias e pessoais.

Além da manipulação do sistema, os angolanos interagiam com os apostadores, atuando na área de engajamento e marketing por meio da criação de perfis falsos nas redes para a divulgação e promoção dos jogos. 

Sem citar nomes, o SIC revelou que influenciadores brasileiros foram cooptados pela organização para divulgar os jogos no Brasil, recebendo uma porcentagem por cada jogador angariado.

Na operação, foram apreendidos 223 computadores e 113 smartphones utilizados na criação dos perfis falsos.

As informações sobre o crime foram divulgadas pelo jornal O País e pela TV Zimbo, ambos pertencentes ao grupo Medianova. O grupo é uma empresa de comunicação social privada, fundada em 2008, que contou com parcerias com a TVI, a BBC e a revista Exame no Brasil.

Além do crime cibernético, a Direção Nacional de Combate aos Crimes Informáticos e a Direção de Combate ao Crime Organizado identificaram infrações como lavagem de dinheiro e crimes trabalhistas, já que apenas 15 funcionários possuíam cobertura de seguridade social em Angola. 

Entre os chineses envolvidos, alguns estavam legalizados no país com contratos de trabalho em diversos setores, enquanto a maioria possuía apenas visto de turismo. Todos foram autuados e levados ao Ministério Público de Angola para as devidas sanções legais.

A legislação de Angola permite a prática de cassinos virtuais, mas a operação e o o a esses sites são regulamentados, exigindo licenciamento das autoridades. 

A regulamentação dos cassinos virtuais no país é feita pelo Instituto de Supervisão de Jogos (ISJ), que emite licenças para empresas que desejam operar legalmente.

No Brasil, o governo brasileiro intensificou recentemente o controle sobre as empresas de apostas e exigiu o cadastramento das operadoras. 

O Ministério da Fazenda divulgou, no dia 1º de outubro, uma lista com 193 casas de apostas, ligadas a 89 empresas, aptas a operar no Brasil até o fim de dezembro. 

As casas que não realizaram o cadastramento foram bloqueadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O Ministério da Fazenda estima que entre 500 e 600 empresas estejam inoperantes. 

Estas que ficaram fora da lista não podem mais oferecer jogos no país até que consigam autorização do governo, exceto nos casos daquelas que operam com concessões estaduais.

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