Depois do entusiasmo inicial, o projeto de desoneração da folha de pagamento de TI, aprovado no começo do mês e com regulamentação prevista para até dezembro, começa a ser analisado de forma mais crítica pelo setor de TI.
Em artigo publicado no Baguete Diário nesta segunda-feira, 22, o vice-presidente de Relações Públicas da Assespro Nacional, Roberto Carlos Mayer, aponta a “pegadinha” da substituição da cobrança dos 20% INSS por 2,55% sobre o valor total de faturamento.
Caso o valor seja cobrado sobre o faturamento bruto – não foi definido se a incidência será sobre o valor líquido ou bruto - a alíquota aprovada beneficia as empresas cuja folha de pagamento nominal é superior a 17,5% da receita, destaca Mayer.
“A medida possui um impacto negativo para as empresas do setor que que possuem um valor de folha de pagamento pequeno, onde se encontram não apenas revendedores de softwares estrangeiros, os data centers, mas principalmente, as poucas empresas brasileiras que efetivamente desenvolvem produtos de software e que são as mais eficientes em agregar valor a partir de seu capital humano”, resume o VP de Relações Públicas.
Mayer destaca ainda a lentidão da Finep – que dentro do plano de incentivos do governo terá R$ 2 bilhões extras do BNDES – em liberar recursos para financiar a inovação nas empresas.
“Outro gargalo da nova política para o setor de TI é a ausência ao incentivo à formação e capacitação de capital humano”, completa o empresário, em artigo que pode ser lido pelo link relacionado abaixo.