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Foto: Depositphotos.
O Brasil perdeu 1,2 mil provedores de o à Internet na comparação entre 2020, quando contava com 12.826 empresas do tipo, e 2022, quando registrou um total de 11.630, baixa de 9,32%.
A estatística foi levantada pela TIC Provedores 2022, pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 7, pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, que tem como objetivo mapear a infraestrutura de provimento de o e serviços de internet no país.
“Há tanto um aspecto de fusão e aquisição como também de redução de empresas, sobretudo porque temos uma diminuição na proporção de microempresas”, explicou Leonardo Melo, coordenador do estudo, ao Valor Econômico.
Em 2020, 56% dos provedores empregavam entre uma e nove pessoas, percentual que caiu para 46% em 2022. Já as empresas que possuem entre 20 a 49 funcionários tiveram alta de 4%, ando de 13% para 17% em 2022.
Entre as empresas que contam com uma força de trabalho de 100 a 249 funcionários, foi registrado um salto de 1% para 3%.
Mesmo que o número de provedores tenha caído, o mercado brasileiro continua pulverizado em comparação, por exemplo, ao estadunidense, que hoje registra apenas 2.924 companhias na área.
Quanto ao tipo de serviço oferecido, a fibra óptica continua a crescer nacionalmente: em 2022, 95% das empresas ofereciam a modalidade, frente a 89% em 2020. Logo em seguida, vem o o sem fio via frequência livre (rádio), opção oferecida por 60% dos provedores.
Já a ADSL, de o à Internet via linhas telefônicas fixas, está em desuso, sendo oferecida por apenas 8% das empresas atualmente. A tecnologia ainda supera a conexão via satélite (3%).
No que diz respeito à proteção de dados, a pesquisa aponta que, em 2020, a quantidade de provedores que dedicavam um profissional ou área à segurança era de 23%. No ano ado, o número chegou a 40%.
José Roberto Nogueira, CEO da Brisanet, já havia apontado que o número de pequenos provedores de internet vai diminuir dramaticamente nos próximos anos, caindo pela metade, ou até mesmo um terço.
Segundo o executivo, o problema é a mudança no mercado e falta de capacidade de investimento de muitas dessas companhias, que já enfrentam forte concorrência nos mercados mais periféricos, não atendidos pelas grandes operadoras.
Para o CEO, a situação é igualmente ruim tanto para provedores pequenos, mas completamente legalizados, quanto para os irregulares, que não recolhem impostos e ocupam postes à revelia.