
Stephen Elop: Symbian não morreu
A morte anunciada do Symbian, em abril, pelo CEO da Nokia Stephan Elop, não era bem assim.
Quem esclarece é o próprio Elop, presidente executivo da companhia desde o ano ado, quando trocou a Microsoft pela maior fabricante de celulares do mundo – e por US$ 6 milhões.
“Ainda há um longo caminho para ser pavimentado pelo Symbian. Os investimentos vão ser feitos”, enfatizou Elop ao ser entrevistado pelo blog da própria empresa.
O esclarecimento, no entanto, não ou daí.
Estrada sem volta
Elop não esclarece por onde a pavimentação do Symbian vai ar. Ele não reveloo estratégias ou investimentos da empresa para o sistema operacional móvel que, hoje, tem 44,2% do mercado mobile, segundo a consultoria Gartner.
Na prática, a rota do Symbian parece esburacada.
Menos especialistas
Há quase um mês, a Nokia anunciou que transferirá o desenvolvimento e e do Symbian para a Accenture, o que implica em 3 mil funcionários saindo da finlandesa para a consultoria americana até o final do ano.
Segundo as empresas, ao longo do tempo, a Accenture vai buscar oportunidades para “retreinar os funcionários transferidos”.
Share minguante ou inexistente
Entre os smartphones, nicho mais promissor da mobilidade, a previsão é que a plataforma mingue dos 37,6% que a fizeram líder em 2010 para a lanterna do ranking, com 0,1% – reflexo da parceria Nokia/MS, anunciada em fevereiro. Os dados também são da Gartner.
Além disso, o Symbian não existe nas projeções do mercado de tablets, que deve movimentar, em unidades, 69,7 milhões de aparelhos até dezembro de 2011 no mundo inteiro.
Elop garante, no entanto, que haverá atualização para o Symbian até 2016, e prevê a venda de 150 milhões de terminais com o sistema operacional nesse ano.
Adeus à glória?
O Symbian já respondeu por mais da metade do mercado mundial de sistema operacional para celulares, mas com a crise da Nokia e a ascenção da Apple e do Android, do Google, perdeu espaço.
Quando anunciada, em fevereiro de 2011, a parceria Nokia e Microsoft foi vista como casamento de ouro no mercado, já que uniria a maior desenvolvedora de sistemas operacionais para desktops à maior fabricante de celulares.
O único problema é que nos mercados em que a parceria mira, nenhuma das empresas tem uma liderança estável.
Assista, nos links relacionados abaixo, ao vídeo com a entrevista concedida ao blog corporativo da Nokia com Stephen Elop.