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Bora bora é apenas um dos diversos destinos paradisíacos do território (Foto: Depositphotos)
Durante a onda de demissões que atingiu a Salesforce, afetando 7 mil funcionários globalmente, Marc Benioff, CEO da empresa de software estadunidense, optou por se refugiar na paradisíaca Polinésia sa para realizar um “detox digital” de 10 dias.
De acordo com o The New York Times, Benioff afirmou que “somos muito viciados em nossos aparelhos e é muito libertador deixá-los para trás por um tempo”.
A declaração pode parecer contraditória para o momento em questão, já que a filosofia da empresa diz considerar seus colaboradores como família.
Segundo o jornal, entretanto, o CEO não vê contradição entre as demissões e os valores da companhia.
“Eu gostaria de oferecer empregos vitalícios, mas a realidade é que quando você tem uma grande companhia com 80 mil funcionários, haverão tempos em que você precisará fazer um ajuste na força de trabalho. Nosso pacote de demissão é um dos mais generosos de todos os tempos”, disse Benioff.
Alguns colaboradores chegaram a reclamar anonimamente do chefe, alegando que “ele se perdeu e tinha muitos informantes lhe dizendo o que queria ouvir”.
De acordo com o Business Insider, muitos colaboradores ficaram confusos com a notícia das demissões e tinham perguntas para o CEO, mas o executivo não chegou a tirar um tempo para conversar com sua equipe e esclarecer as dúvidas.
ONDA DE CORTES
Nos últimos meses, pelo menos 70 mil pessoas perderam seus empregos na onda de demissões que tem afetado as empresas de tecnologia no mundo todo, como um recuo após o “boom” nos quadros de funcionários durante a pandemia.
Recentemente, a IBM entrou para essa longa lista de empresas. A companhia anunciou que vai demitir 3,9 mil pessoas, cerca de 1,5% de sua força de trabalho global.
O Google também demitiu 12 mil colaboradores apenas dois dias após a Microsoft anunciar que iria demitir cerca de 10 mil funcionários até o final de março, quase 5% de uma força de trabalho global de 221 mil pessoas.
Christopher Hohn, criador do fundo de cobertura TCI Management, dono de US$ 6 bilhões em ações do Google, fez um apelo a Sundar Pichai, CEO da big tech e da Alphabet, para que o executivo demita mais 30 mil funcionários, em um corte de mais 20% do quadro de colaboradores.
Já em novembro de 2022, a Meta, dona do Facebook, WhatsApp e Instagram, demitiu mais de 11 mil funcionários — o maior corte da sua história, reduzindo seu quadro de trabalhadores em 13%.
No mesmo mês, o Twitter, então recém comprado por Elon Musk, começou a fazer desligamentos na companhia — que poderiam chegar a mais de 50% dos 7,5 mil colaboradores.
A Amazon também fez um corte de equipe que atingiu cerca de 10 mil pessoas, quase 3% de sua força de trabalho.