
Lindolfo Zimmer. Foto: Divulgação
A Copel Telecomunicações e a Sercomtel firmaram parceria de colaboração para uma oferta conjunta de dados e voz no Paraná.
O foco da união é o mercado corporativo, com transmissão simultânea de vídeo e voz em alta velocidade, inicialmente em Curitiba e chegando a 30 novas cidades em quatro anos.
De acordo com Antonio Carlos Wulf de Melo, superintendente de telecomunicações da Copel, a oferta conjunta permite a oferta de um serviço mais barato.
“Conseguimos oferecer um desconto, onde a parceria já está valendo, no serviço de banda larga, o que torna o pacote vantajoso. Ainda assim, reconhecemos que estamos um pouco acima do custo de mercado, porque acreditamos que nosso serviço tem mais qualidade”, diz Melo.
Planos com GPON
São dois os pacotes de serviços BEL à disposição do mercado corporativo.
No primeiro, a Sercomtel entra com o sistema de voz DDR (Discagem Direta a Ramal) e a Copel com os serviços de dados corporativos em banda extra larga para médias e grandes empresas. Inicialmente, essa solução está disponível para Curitiba e mais 16 cidades da Região Metropolitana.
O segundo pacote BEL se baseia na tecnologia de redes de fibras ópticas ivas GPON (Gigabit Capable ive Optical Network) da Copel para ofertar o serviço de internet com quatro velocidades de conexão – 20, 35, 50 ou 100 Mbps.
A rede GPON permite o tráfego de dados, voz e vídeo com alta confiabilidade e disponibilidade, a um custo reduzido.
Esse modelo comporta até duas linhas telefônicas da Sercomtel e é destinado a pequenas empresas e a profissionais liberais.
Tabela de preços
Já disponível na região central de Curitiba, o pacote de serviços alcançará 37 bairros da capital até o final de 2012, expandindo-se gradativamente ao restante do estado. Os serviços são ofertados com bandas simétricas – mesma velocidade de e – e uso por tempo ilimitado.
Os serviços de dados incluem links que vão de 20 Mbps a 100 Mbps, com preços entre R$ 89,90 e R$ 349,90, dependendo da velocidade e se o cliente é um profissional liberal ou uma empresa.
Já as franquias de telefonia fixa vão de 300 a 3 mil minutos, custando entre R$ 84,90 e R$ 254,93.
Força de estatais
De um lado do negócio está a Copel Telecomunicações integra a Companhia Paranaense de Energia (Copel) , empresa de capital misto controlada pelo governo do Paraná.
Do outro, a Sercomtel, tendo como principais acionistas a prefeitura de Londrina e a própria Copel, atuando principalmente nas áreas de telefonia fixa e celular.
“São duas parceiras naturais, que norteiam suas atividades pelos critérios do interesse público e da sustentabilidade dos negócios, e que serão imprescindíveis em nossa estratégia para a digitalização do Paraná”, diz o governador Beto Richa.
Sob a alcunha de BEL (Banda Extra Larga), os produtos trafegarão na rede de fibras ópticas da Copel Telecomunicações, com a Sercomtel istrando os serviços de voz.
Segundo as empresas, as soluções já estão disponíveis para 60 mil pequenas e grandes empresas da Região Metropolitana de Curitiba.
“Estamos trazendo um produto sem igual no mercado, com velocidades de até 100 Mbps, e o diferencial da confiabilidade e qualidade do serviço da Copel Telecom, além de preços competitivos para o segmento empresarial”, anuncia o presidente da Copel, Lindolfo Zimmer.
Malha da Copel
Atualmente, a Copel opera um anel de fibras ópticas de 24,5 mil km, que já alcança 303 municípios no Paraná, interligando clientes corporativos e instituições públicas com internet em alta velocidade.
A meta do governo estadual é alcançar as 399 cidades do estado até o final de 2012, universalizando o o à rede mundial de computadores no Paraná.
“Será a maior rede de fibras ópticas do país não operada pela teles, e com uma capilaridade sem igual em qualquer Estado brasileiro”, diz o diretor de Geração, Transmissão e Telecomunicações da Copel, Jaime Kuhn.
Segundo ele, a cidade de Curitiba já possui uma capilaridade de fibras ópticas comparável à das cidades mais desenvolvidas do mundo, o que já permite caracterizá-la como uma cidade digital.
“Caminhamos, agora, rumo à constituição de um Estado Digital seguindo este mesmo modelo”, finaliza Kuhn.