INTERNET

Era da informação ou da desconfiança? 6e1p4v

Empresas precisam fazer a sua parte pela segurança dos consumidores. 6u3lp

17 de abril de 2025 - 11:01
Carlos Feist (Foto: Divulgação)

Carlos Feist (Foto: Divulgação)

Em 2025, com 70% da população global online, segundo dados da Statista, tecnologias como IA, IoT, 5G e Blockchain transformam a sociedade rapidamente. Vivemos a Era da Informação, mas, paradoxalmente, a desconfiança e a insegurança predominam. Validamos conteúdo incessantemente, distinguindo fatos de notícias falsas, informações relevantes de golpes em mensagens, e ligações legítimas de tentativas de fraude ou telemarketing indesejado. Seria esta a Era da Desconfiança?

A escala da tecnologia de telecomunicações supera nossa capacidade de filtrar conteúdo, e a apropriação dessas tecnologias por agentes obscuros e empresas com práticas questionáveis gera insegurança e riscos. Spammers, fraudadores e empresas que negligenciam o ciclo de vida do cliente exploram a comunicação massiva, criando um caos informacional. 

Enquanto isso, agentes importantes do ecossistema agem, ivamente, expondo seus clientes a perigos. A dificuldade em filtrar informações afasta consumidores, prejudica a comunicação de informações relevantes e distância clientes das marcas. Dados da Accenture (2023), como prova disso, revelam que 60% dos entrevistados questionam mais a autenticidade online, com 52% tendo visto notícias falsas e 39% avaliações fraudulentas.

Para a sustentabilidade empresarial, é crucial mudar essa postura e assumir protagonismo. Devemos cobrar e colaborar com órgãos reguladores para um melhor planejamento e controle. Além da regulação, precisamos usar as tecnologias de comunicação para proteger nossos clientes, assumindo a responsabilidade que o poder dessas ferramentas nos confere.

Dentre as iniciativas essenciais para garantir a segurança dos clientes, estão:

#1 Canais de comunicação verificados: as grandes empresas de comunicação fornecem canais verificados para comunicação, com o intuito de garantir a segurança dos clientes e não permitir que terceiros falem indevidamente em nome das empresas. Além de utilizar estes canais, as empresas precisam dar publicidade a eles em seus sites e comunicações de mídia. A Meta, como exemplo, fornece esse credenciamento para Facebook, Instagram e WhatsApp e o Google faz essa certificação através do RCS.

#2 Mapeamento e controle de pontos de contato: criar um mapa assertivo e vivo de pontos de contato com o cliente e garantir que as interações ao longo do ciclo de vida do consumidor estejam visíveis e controladas. Desde a etapa de descoberta até o churn, o cliente tem vários pontos de contato e necessidades que devem ser atendidas. Ter clareza destas necessidades e formas de atendimento é vital para salvaguardar uma boa experiencia e garantir conexões resolutivas e seguras. Este não é um trabalho fácil, pois a experiência do cliente é longa e mutável, no entanto, gestores de CX precisam responsabilizar-se e buscar a segurança dos consumidores.

#3 Processos de autenticação seguros e práticos: fraudadores tentam enganar empresas a todo minuto e por isso estas precisam criar processos práticos e seguros em seus canais de atendimento. A tecnologia trouxe muitas possibilidades de validação e, independente do desafio, há uma opção viável. Atualmente, as empresas podem utilizar serviços de autenticação via token, 2FA e validação via biometria. Além destas, recentemente surgiram novas opções que fazem validações ou sinalizam possíveis fraudes sem gerar fricção para o cliente como a verificação de número e localização, o SIM Swap e a validação de F.

#4 Controle de interações com terceirizados: grandes empresas precisam terceirizar processos de atendimento, vendas ou qualquer outro ponto de contato que gere muita demanda. No entanto, é preciso estar claro que a terceirização ocorre sobre a execução do trabalho e não isenta a responsabilidade de garantir a segurança do cliente. Todas as boas práticas destacadas acima e utilizadas nos canais de atendimento próprio devem ser mantidas em um atendimento terceirizado. Empresas responsáveis não podem permitir que terceiros coloquem seus clientes em risco atuando sem controle ou responsabilidade. O trabalho pode não ser feito pelo time interno, mas as empresas precisam entender que ele é feito em seu nome e para seus clientes.

Diante desse cenário, líderes empresariais precisam refletir e agir proativamente para criar um ecossistema de comunicação seguro e saudável. Embora demandem tempo e energia, essas iniciativas são essenciais para um futuro próspero e seguro. A escala sem precedentes das tecnologias de comunicação exige responsabilidade proporcional. Afinal, com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades.

*Por Carlos Feist, head de inovação da Pontaltech.

Leia mais 6z23s

NÚMEROS

Google resolve mostrar serviço 2e2z3w

Há 36 dias
VENDA

Marketing B2B Tech olha o próprio umbigo v472

Há 45 dias
VAREJO

Estoque de lojas físicas tem só 9% do on-line 2q1i1q

Há 86 dias
GESTÃO

Você conhece seus riscos humanos? 502fc

ATACADO

Comercial Esperança aprimora gestão com Totvs 2n565r

JUDICIÁRIO

Advogado pede anulação de sentença por uso de IA 115j1k