
Glauco Arbix, presidente da Finep. Foto: Agência Brasil.
O Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) abandonou os planos de transformar a Finep em um banco destinado a fomentar a inovação.
De acordo com informações da Computerworld, a decisão aconteceu após um estudo da Ernst &Young que sinalizou que os custos da mudança de atuação não compensariam os benefícios potenciais.
Uma operação ao estilo bancário daria mais rigidez para aos contratos de financiamento, afirmou o presidente da Finep, Glauco Arbix, durante o congresso “Tecnologia para um Brasil inovador e competitivo”, realizado em Brasília, pela Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (ABIPTI).
“Para os padrões de quem trabalha com ciência e tecnologia, o banco de desenvolvimento daria mais rigidez. Ou seja, teríamos mais dificuldade para trabalhar com os instrumentos que operamos hoje”, afirmou Arbix.
O estudo da Ernst &Young propiciou uma mudança repentina. No final de julho, o mesmo Arbix disse que a financiadora aria a atuar como instituição financeira em agosto.
O novo status permitiria a aquisição de participação em empresas da área de inovação, por exemplo, nos moldes do que faz o BNDES através do BNDESpar.
O projeto foi ventilado inicialmente pelo ex-ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, mas ficou em segundo plano após ser rechaçado publicamente pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Com a saída de cena da ideia de virar um banco, a Finep tem agora planos mais modestos. No congresso, Arbix falou da possibilidade da criação de uma área gestão de riscos financeiros para TI.
A Finep terá R$ 6 bilhões em recursos para operar em 2012, aumento de 62,5% sobre os R$ 3,75 bilhões aplicados em 2011.