
A Foxconn, fabricante do iPad, recebeu autorização para produzir tablets no Brasil com incentivo fiscal. Só falta a fábrica.
Portaria interministerial publicada no Diário Oficial da União habilita a Foxconn a fabricar o produto com isenção ou redução parcial de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), PIS e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
A portaria estendeu à Foxconn, com sede em Taiwan, o direito aos incentivos previstos por um decreto de 2006 que concede benefícios fiscais a empresas que investem em pesquisa, inovação e desenvolvimento de produtos tecnológicos.
Segundo o texto, a redução de impostos abrange a fabricação de microcomputadores portáteis, sem teclado, com tela sensível ao toque e peso inferior a 750 gramas.
O governo espera uma redução entre 30% e 40% no preço dos aparelhos, graças às isenções.
Ainda está em aberto, no entanto, a data em que o primeiro iPad será fabricado no Brasil.
Investimento de US$ 12 bilhões anunciado em abril do ano ado, a vinda de uma operação de tablets da Foxconn no Brasil foi vista com entusiasmo pelo governo Dilma Rousseff.
O ministro da Ciência e Tecnologia da época, Aloizio Mercadante, várias vezes anunciou datas para a fabricação, e várias adiou os prazos também. Um dos problemas enfrentados no percurso foi o dinheiro para a construção da unidade.
Técnicos do BNDES viram com suspeita a proposta da empresa Taiwanesa, e acabaram provocando os adiamentos. O projeto só começou a andar quanto o megaempresário Eike Batista e as fabricantes Semp Toshiba e Positivo uniram forças no aporte.