.jpg?w=730)
Foto: Deposit Photos.
O IRoX Team, grupo ciberativista que recentemente declarou uma guerra cibernética contra Israel e países que considera seus apoiadores, estaria realizando ataques de negação de serviço (DDoS, na sigla em inglês) a provedores de Internet do Brasil.
Segundo a Associação dos Provedores de Internet (InternetSul), os ciberataques afetam milhares de provedores em todo o país, causando interrupção e instabilidade nos serviços. Na região Sul, a organização aponta centenas de empresas afetadas.
Alexandro Scuck, presidente da associação, detalha que a indisponibilidade gerou períodos de mais de duas horas de ausência de sinal para usuários de diversos provedores no Rio Grande do Sul. Em outros, não teria acontecido a indisponibilidade total, apenas o sinal instável.
“Ambas as situações geram muitos transtornos para os usuários, clientes dos provedores, trazendo insatisfação, já que sem Internet, as atividades de muitas empresas param”, afirma Schuck.
De acordo com o presidente, os provedores estão trabalhando desde o primeiro sinal de ataque, de forma contínua e sem parada, junto a suas equipes e ferramentas de mitigação de problemas.
O grupo IRoX Team havia divulgado, por meio do Telegram, datas para ataques cibernéticos globais. Para o Brasil, a data estipulada foi 20 de outubro, data em que as instabilidades teriam realmente começado.
Para o mesmo dia, estavam previstos ataques a Canadá, Polônia e Espanha. Em 25 de outubro, a promessa é atacar Índia, Reino Unido e Austrália. No dia 30, os países-alvos são França, Noruega, Áustria e Alemanha.
“Nós sempre ficamos ao lado dos nossos irmãos palestinos muçulmanos. Vamos destruir completamente o ciberespaço daqueles que apoiam judeus israelenses. Nós não somos uma organização, somos uma comunidade com unidade. Nossa decisão não depende de um grupo! Espere por nós!”, ameaçou o grupo na publicação.
Curioso é que os países a anunciarem seu apoio a Israel foram Estados Unidos (não citado pelo grupo), França, Alemanha, Itália (também não mencionado) e Reino Unido. No dia 9 de outubro, o bloco publicou um comunicado dizendo explicitamente que apoiaria os esforços de Israel para se defender.
O Brasil, que preside provisoriamente o Conselho de Segurança da ONU, também condenou os ataques em território israelense no dia 7 de outubro. No entanto, o país tem mantido sua posição tradicionalmente mais neutra, defendendo um cessar-fogo.