
Luciana Santos. Foto: Divulgação-PCdoB.
A presidente do PC do B, Luciana Santos, é cotada para assumir o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações no próximo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo o site Poder 360, Lula sinalizou a interlocutores que pode ceder o ministério para o PC do B.
Lula ainda não chamou Luciana para conversar diretamente, mas deve procurá-la nos próximos dias.
O nome de Santos teria ganho força em meio às dificuldades do novo governo para apontar mulheres para altos cargos.
Santos é atualmente vice-governadora de Pernambuco. Ela está na política desde 2000, quando foi eleita pela primeira vez prefeita de Olinda, para o qual foi reeleita. Depois, ela foi duas vezes deputada estadual e três vezes deputada federal.
A presidente do PC do B tem algum background na área de ciência e tecnologia. Ela foi secretária Estadual de Ciência e Tecnologia em Pernambuco entre 2009 e 2010, durante o governo de Eduardo Campos (PSB).
Como deputada federal, Santos foi membro titular das comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, de Desenvolvimento Urbano e de Cultura, da qual foi vice-presidente.
Ainda há disputa pelo cargo. O ministério da Ciência estava sendo cobiçado pelo PSB, como prêmio de consolação por ter ficado sem o Ministério das Cidades, que deve acabar ficando com um partido aliado de Lula fora da esquerda.
O PSB é o partido do futuro ministro da Justiça Flávio Dino. A sigla quer mais uma pasta, onde pretende colocar o ex-governador de São Paulo Márcio França.
O Ministério de Ciência e Tecnologia não é nenhuma potência em termos de orçamento, cargos ou projeção política, por isso não costuma estar na lista de prioridades dos partidos apoiando o governo de turno e acaba ficando na cota pessoal ou com integrantes de menor porte nas coalizões.
Nos dois primeiros governos de Lula, esse partido era geralmente o PSB, que já indicou nomes como o próprio Eduardo Campos ou Sérgio Resende para o cargo.
O PC do B também indicou um nome, com Aldo Rabelo, durante o governo Dilma Rousseff.