
Schmitt: situação cambial representa uma ameaça às exportações
A subvalorização do dólar é um dos mais novos desafios a serem enfrentados pelo empresariado, apontou nesta quinta-feira, 25, o diretor corporativo e de relações com investidores da Randon S. A., Astor Milton Schmitt.
Segundo o executivo, ao mesmo tempo em que beneficia as importações, a situação cambial representa uma ameaça às exportações e ao desenvolvimento do próprio mercado interno.
“O Brasil terá que criar a cultura da poupança para poder investir na estrutura produtiva, ao invés de aplicar prioritariamente no consumo para enfrentar essa realidade”, declarou.
Schmitt palestrou na reunião-almoço da Câmara Brasil-Alemanha.
No ramo de exportação desde 1970, a empresa está hoje presente nos países do Nafta e Mercosul/Chile, que respondem por mais de 60% das vendas externas, além da África, América do Sul e Central, Europa e outros que, no total, renderam negócios de US$ 179 milhões somente de janeiro a setembro.
A expectativa é fechar o ano com exportações da ordem de US$ 220 milhões.
“O Brasil progressivamente perde imagem de Low Cost e precisa pensar em como diferenciar-se entre os iguais, com o mesmo grau de desenvolvimento”, afirma Schmitt
Apesar dos resultados no mercado externo, Schmitt lembrou, que o mercado interno ainda é a essência dos negócios da Randon com uma participação de 80% a 85%.
Atual vice-presidente da Fiergs, Schmitt é atualmente um dos nomes mais cotados para assumir a presidência da entidade – que hoje reúne 110 sindicatos patronais ativos, representando diversos segmentos da indústria no Rio Grande do Sul. As eleições se realizam em maio de 2011.
Também deve disputar o cargo Ricardo Felizzola, da Altus, atualmente também na vice-presidência da entidade.