
A Telegestão, especializada em gestão de custos de telecomunicações, sofisticou seu modelo de negócios.
Inicialmente focada em redução de contas de telefônicas, a empresa gaúcha ou a oferecer aos seus clientes um software web a partir do qual é possível extrair dados sobre o uso das linhas, controlando o desperdício.
“A simples redução de conta já não é suficiente para competir no mercado”, avalia Bruno Bubadra, diretor comercial da Telegestão, destacando que desde o início da portabilidade a concorrência de preços entre as próprias operadoras se incrementou bastante no meio corporativo.
A tendência reduziu o espaço para companhias que simplesmente ofereciam análise de contas telefônicas, sem um valor agregado extra.
O sistema da Telegestão, batizado de SGTC, permite exportar dados sobre as ligações, debitando valores de ligações particulares da folha de pagamento, por exemplo. A empresa também assume o gerenciamento dos equipamentos nos clientes, em um modelo de outsourcing de gestão de telecom.
As funcionalidades do SGTC abriram um novo mercado para a Telegestão, formado por cooperativas de profissionais e agrícolas que compram pacotes junto às operadoras e subdividem entre seus associados como um serviço.
A prática permite a compra de serviços em volume, gerando para os associados um custo menor do que eles teriam com contas individuais. Sobra para a cooperativa o trabalho de dividir o custo total.
“Na maioria das vezes, as cooperativas dividem contas entre 1 mil associados manualmente”, revela Budabra.
Com todo esse trabalho, não surpreende que em cinco meses cinco cooperativas já tenham aderido à uma versão especial do SGTC. “Além disso, agora é mais fácil para elas negociar novos celulares para os associados”, completa o executivo.
O software da Telegestão ajuda hoje a istrar contas de cerca de 30 clientes, somando um valor total mensal de R$ 2,5 milhões. O faturamento da empresa vem crescendo 30% anualmente.