
TikTok, sem segredos com a Oracle? Foto: Depositphotos.
O TikTok vai abrir para a Oracle o ao seu código fonte, algoritmo e mecanismos de moderação de conteúdo, numa tentativa de reduzir as preocupações nos Estados Unidos com o uso político da rede social chinesa pelo governo da China.
De acordo com uma nota do TikTok, a Oracle vai monitorar também os servidores que hospedam dados dos 150 milhões de usuários americanos do TikTok, que já ficam em servidores separados, instalados nos Estados Unidos.
A relação entre a Oracle e a Bytedance, dona do TikTok, vem desde 2020, quando a gigante americana ou a hospedar os dados da rede social nos Estados Unidos.
De acordo com a Bytedance, já foram investidos cerca de US$ 1,5 bilhão na iniciativa nos últimos dois anos, o que é uma grande notícia, pelo menos para a Oracle.
O acordo foi uma reação da Bytedance à pressão do governo americano, então liderado por Donald Trump, para vender o negócio.
O assunto saiu de cena por um tempo, mas pelo que parece a nova istração não desistiu da ideia de forçar uma venda, tirando a rede social mais badalada do momento das mãos do seu principal adversário político.
No começo do mês, o governo do estado de Montana se tornou o primeiro nos Estados Unidos a proibir s do TikTok na sua área, uma região isolada no norte do país na qual vivem cerca de 1 milhão de pessoas.
Desde o ano ado, o TikTok vem anunciando medidas para diminuir a quantidade de dados que saem dos Estados Unidos, ainda que alguns empregados na China ainda tenham o a dados de usuários americanos, por meio de backups feitos em Cingapura.
LUGARES
A localização de dados dos usuários de redes sociais é um tema quente, e não apenas no contexto do conflito entre Estados Unidos e China.
Nesta semana, a Meta, dona do Facebook, WhatsApp e Instagram, recebeu uma multa recorde de € 1,2 bilhão (cerca de R$ 6,48 bilhões) por transferir dados de usuários europeus das suas redes sociais para data centers nos Estados Unidos.
De acordo com a Comissão de Proteção de Dados da Irlanda (DPC, na sigla em inglês), a medida viola o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR, na sigla em inglês) da União Europeia, a lei da UE equivalente à brasileira LGPD.
A companhia também foi ordenada a suspender a transferência de dados de usuários do Facebook da União Europeia para os Estados Unidos. O prazo para decretar a suspensão é de cinco meses.