Hugo Godinho, CEO da Dialog. Foto: Divulgação
André Franco, um dos fundadores da startup de comunicação corporativa Dialog, vendeu sua participação majoritária no negócio para Hugo Godinho, outro dos fundadores, que agora a a ser o CEO da empresa.
Godinho vem do Grupo In Press, que faz parte da rede global Omnicom, da qual é sócio, e de onde surgiu a Dialog. Ele já tinha assento no conselho da empresa.
“Estou presente na Dialog desde a sua concepção, em 2016. A partir de agora, como CEO, quero conduzir a empresa em uma jornada de expansão com a equipe qualificada que formamos nos últimos anos”, afirma Godinho.
Em março de 2021, quando a Dialog recebeu um aporte de R$ 4 milhões, Franco tinha 70% do capital da startup, avaliada então em R$ 30 milhões. Os novos investidores, que incluíam fundos de investimento anjo e executivos de gabarito, ficaram com 14% e o resto ficou com a In Press.
A Dialog está trocando nomes e perfis no comando. Franco é um profissional com um background de tecnologia e um empreendedor serial: ainda no começo dos anos 2000, ele já havia fundado duas startups. Em 2010, ele fundou mais uma.
Mais adiante, ele foi CTO na Razorfish, uma grande agência digital, no qual conduziu um grande projeto no Azul. Em 2017, ele foi contratado para assumir a Critical Mass, uma empresa criada dentro da Omnicomm a partir da qual surgiu a Dialog.
Godinho é fez carreira na In Press, onde entrou em 2008 e hoje é diretor executivo e sócio.
A plataforma da Dialog tem origem em um projeto realizado para a PepsiCo em 2016, visando criar uma rede social interna em meio a um projeto de unificação interna.
Hoje, além da PepsiCo, a Dialog conta com 100 clientes, incluindo nomes como Carrefour, BRF, Via Varejo, SBT, Avon e Livelo. Eles pagam mensalidades que variam de acordo com o número de funcionários e, juntos, somam cerca 500 mil colaboradores conectados em 2022.
Com a pandemia, com funcionários espalhados por tudo que é lugar e as empresas lutando para manter um ambiente coeso, a solução bombou. O faturamento cresceu 75% em 2020, para R$ 2,9 milhões, e triplicou em 2021, para R$ 8,7 milhões.
Agora, no entanto, o cenário está mudando. As empresas estão regressando para modelos mais tradicionais de trabalho, e, talvez mais importante, o dinheiro para investimentos em startups está secando.
Provavelmente, a explicação na mudança de comando da Dialog e por aí.
Maurício Renner 5wt6n
Editor at Baguete Diário