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Amos Genish, CEO e chairman da V.tal (Foto: LinkedIn)
O ditado é verdadeiro: “coisas de família, em família devem ficar”. A V.tal está em vias de comprar a ClientCo, operação de clientes de fibra óptica da Oi, responsável pela idealização da empresa de rede de fibra neutra hoje controlada pelo BTG Pactual.
Criada em 2013, a ClientCo é uma subsidiária da Oi focada em serviços personalizados para empresas, desde pequenas até grandes corporações. A empresa foi colocada à venda no ano ado, com um valuation de US$ 1 bilhão.
A negociação foi feita em um leilão realizado na última quarta-feira, 25, e deve envolver o equivalente a cerca de R$ 5,6 bilhões.
Segundo o Pipeline, entretanto, o pagamento será feito parte em dívida e parte em ações da V.tal.
O valor, entretanto, é superior àquele oferecido pela Ligga Telecom, operadora paranaense antes conhecida como Copel Telecom, com quem a V.tal disputava o leilão. O montante apresentado pela rival chegava a apenas R$ 1 billhão.
Agora, é preciso que os credores da Oi, que a por uma recuperação judicial, aprovem o movimento.
Hoje, a Oi possui uma participação de 17% na V.tal, que crescerá para 27,5% com a finalização do acordo.
Caso o negócio seja concretizado, a ClientCo, hoje com um portfólio de cerca de 4 milhões de clientes, deverá ser dividida em três empresas diferentes.
Conforme reporta o Neofeed, a primeira será uma empresa independente comandada por Márcio Fabbris, ex-VP de clientes da Vivo.
Já a segunda, reunirá ativos de data centers, sob direção de Pedro Henrique Fragoso, sócio do BTG e membro do conselho da V.tal.
A última, por fim, será a própria V.tal, com foco no mercado em que já atua.
Inicialmente chamada de InfraCo, a V.tal começou como a divisão de infraestrutura de fibra ótica da Oi e foi a primeira no país a lançar o modelo de rede neutra fim a fim.
A companhia se tornou independente em agosto de 2021 e, hoje, é controlada por fundos de investimentos do BTG Pactual.
Detentora da maior infraestrutura do país, a V.tal tem cerca de 430 mil km de fibra óptica terrestre, chegando a 2,3 mil cidades e 20 milhões de residências. Até 2025, o plano é chegar a 32 milhões de casas adas disponíveis para contratação em todos os estados.