
Lei Jun, cofundador da Xiaomi - Foto: Depositphotos
A Xiaomi vai investir cerca de US$ 7 bilhões nos próximos 10 anos para desenvolver seu próprio chip.
A empresa pretende diminuir a dependência de semicondutores externos e aumentar sua influência no mercado, seguindo os os da Apple, que projeta seus próprios chips.
Desde 2021, a gigante chinesa vem investindo massivamente no desenvolvimento de seu chip, tanto que, em 22 de maio, será lançado seu primeiro processador de design próprio.
Nomeado Xring 01, o novo chip é fabricado com tecnologia de 3 nanômetros de segunda geração. Quanto menor a medida em nanômetros (nm), maior a densidade de transistores em um chip, o que geralmente significa maior desempenho e eficiência energética.
Isso já representa um avanço em relação às concorrentes, já que a principal empresa de chips da China, a Semiconductor Manufacturing, ainda está limitada à fabricação de semicondutores de 7 nanômetros devido aos controles de exportação norte-americanos.
Em condições de mercado, a Xiaomi, com o novo chip, ultraa uma de suas principais concorrentes, a Huawei, que utiliza tecnologia de 7 nm em parceria com a chinesa, Semiconductor Manufacturing International Corporation (SMIC).
Alinhada à política de Xi Jinping, de superar os EUA em tecnologia de ponta, a Xiaomi já investiu 13 bilhões de yuans em quatro anos e, somente neste ano, investirá mais de 6 bilhões.
A Xiaomi recuperou a liderança de vendas de smartphones no mercado chinês, comercializando 13,3 milhões de unidades apenas no primeiro trimestre, um crescimento de cerca de 40% em relação ao ano anterior.
A empresa também ou a investir em outras frentes, como o setor de veículos elétricos. Após lançar, em 2024, o modelo SU7 — um sucesso de vendas na China —, a marca aposta na versão de luxo, o SU7 Ultra, com planos de vender 350 mil unidades neste ano.