
Cortes, cortes e mais cortes. Foto: Pexels.
A Zenvia, companhia de plataforma de comunicação e serviços móveis em alta nos últimos tempos, demitiu 118 funcionários, ou 9% do seu quadro total, nesta quinta-feira, 10.
Os desligamentos foram confirmados pela Zenvia em nota. De acordo com a empresa, o corte é resultado do cenário de crise econômica global, que demanda ações de corte de custos e preservação de caixa, juntamente com a eliminação de redundâncias oriundas das aquisições dos últimos tempos.
“Diversas ações foram realizadas a fim de evitar ao máximo as movimentações que acontecem hoje em nosso quadro de colaboradores. Contudo, após muitas análises e discussões, concluímos que o desligamento de alguns humanz seria inevitável para a sustentação financeira da companhia”, afirma na nota o CEO da Zenvia, Cassio Bobsin.
(Humanz, no caso, é a maneira como a empresa se refere aos seus próprios funcionários, uma moda entre as startups nos últimos anos).
Como vem se tornando praxe nesse tipo de situação, os funcionários demitidos receberam um pacote de transição, com extensão do plano de saúde por três meses, assessoria para recolocação profissional e um programa de indicações para oportunidades em outras empresas.
Cortes em empresas de tecnologia promissoras são uma constante nos últimos meses.
Apesar de não ser surpreendente, o corte na Zenvia é uma notícia ruim para uma companhia que vinha somando notícias boas em série.
A Zenvia entrou em outro nível em julho do ano ado, ao levantar US$ 200 milhões com a sua abertura de capital na bolsa americana Nasdaq, um fato inédito para uma empresa brasileira desse porte.
A empresa fechou o ano ado com uma receita líquida de R$ 612,3 milhões, uma alta de 42,5% frente aos resultados de 2020.
Ainda em maio, a Zenvia fez a aquisição mais cara da sua história, ao pagar um valor que pode chegar a um total de R$ 611 milhões pela Movidesk, uma companhia catarinense que oferece soluções de help desk e service desk como serviço.