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Casa do Pão de Queijo pede recuperação judicial a666v

Marca de cafeterias tem dívidas avaliadas em R$ 57,5 milhões. t16o

02 de julho de 2024 - 14:30
Foto: Divulgação

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A Casa do Pão de Queijo, famosa rede de cafeterias brasileira, entrou com um pedido de recuperação judicial com dívidas avaliadas em R$ 57,5 milhões nesta última sexta-feira, 28.

Ao todo, a ação inclui o Grupo Q Brasil, dono da marca, e 28 filiais localizadas em aeroportos, sem impactar as 170 franquias da empresa.

Como resultado, foram fechadas cinco filiais no Aeroporto Internacional de Brasília, quatro no Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante, uma no Aeroporto Internacional de Fortaleza, uma no Aeroporto de Vitória, uma no Aeroporto de Jacarepaguá e sete no estado de São Paulo.

Segundo aponta o processo, R$ 244,3 mil são devidos a trabalhadores, R$ 55,8 milhões a quirografárias, ou seja, credores que não possuem prioridade no pagamento das dívidas, e R$ 1,3 milhão a microempresas e empresas de pequeno porte.

Além disso, ainda consta uma dívida não sujeita à recuperação judicial avaliada em R$ 53,2 milhões, sendo R$ 28,7 milhões de ivos tributários. 

Também fazem parte da categoria os bancos Itaú (R$ 24 milhões), Daycoval (R$ 64,8 mil), HP Financial Services (R$ 41,3 mil), e Safra (R$ 85,5 mil).

A HP Financial Services é um braço da gigante de TI HP, e atua no financiamento da compra de equipamentos de tecnologia (um modelo comum entre as grandes multinacionais da área).

Conforme reporta o g1, a oferta de produtos nas lojas próprias não será afetada assim como os funcionários das filiais.

De acordo com a Exame, a ação é resultado dos impactos sofridos pela pandemia e a falta de delivery na época, e do cenário econômico pouco favorável, com altos juros.

"A empresa enfrentou dificuldades para obter linhas de crédito junto aos bancos, sendo forçada a recorrer ao não pagamento de impostos temporariamente", diz o processo.

Esses fatores levaram muitos franqueados a fechar suas unidades e uma das fábricas da empresa, sediada em Itupeva, em São Paulo, a interromper sua produção diversas vezes.

No período, a companhia contabilizou uma queda significativa em seu faturamento, com perdas de 97% nos primeiros três meses de 2020 e uma redução total de 50% no ano.

"Suspendemos atividades por razões sanitárias com a consequente perda de produtos, sem suficiente contrapartida em termos de aluguéis de lojas, pagamento de funcionários e contratos com fornecedores", diz a ação.

Outro motivo apontado no processo é a tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul recentemente, levando a empresa a perder R$ 1 milhão por mês em vendas relacionadas às suas quatro lojas localizadas no Aeroporto Salgado Filho, de Porto Alegre, que ficou submerso.

Por conta do episódio, a marca também perdeu R$ 250 mil por mês em Ebitda, além de ter demitido 55 funcionários.

A ação ainda indica que a companhia possui “credibilidade de marca capaz de promover sua recuperação e reorganização”.

Uma vez que o pedido foi homologado pela Justiça, o grupo terá 60 dias para apresentar um plano de recuperação, a ser aprovado pelos credores.

A Casa do Pão de Queijo abriu sua primeira loja no centro de São Paulo em 1967 e, 20 anos depois, começou a atuar em modelo de franquias.

O logotipo da marca foi inspirado pela mineira Arthêmia Carneiro, mãe do dono da empresa, que criou a receita do pão de queijo da marca.

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