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Cosgrave pede para sair do Web Summit 5s696x

Declarações sobre Israel causaram crise sem precedentes para o evento. 2m3t1i

24 de outubro de 2023 - 08:30
Paddy Cosgrave arrumou uma grande confusão. Foto: Divulgação.

Paddy Cosgrave arrumou uma grande confusão. Foto: Divulgação.

Paddy Cosgrave, CEO do Web Summit, pediu demissão do evento que ajudou a fundar, numa tentativa de estancar a sangria de patrocinadores causada por seus comentários sobre o conflito entre Israel e o Hamas.

“Infelizmente, os meus comentários pessoais tornaram-se uma distração para o evento e para a nossa equipe, os nossos patrocinadores, as nossas startups e as pessoas que o frequentam”, disse Cosgrave em uma nota anunciado a saída.

Tudo começou na sexta-feira, 13, quando Cosgrave escreveu um comentário curto no X:

“Crimes de guerra são crimes de guerra mesmo quando cometidos por aliados”.

A frase iniciou uma polêmica nos dias seguintes, com Cosgrave reiterando seu ponto inicial em discussões com outros usuários da rede. 

No meio disso, o embaixador de Israel em Portugal anunciou o boicote do país ao evento, cuja próxima edição acontece de 13 a 16 de novembro, em Lisboa. 

Outros representantes de peso cancelaram suas participações, incluindo representantes do fundos como Sequoia Capital, Andreessen Horowitz e Y Combinator.

Foi aí que o Web Summit buscou uma reversão de curso, com um pedido de desculpas oficial de Cosgrave no site do evento. O CEO do Web Summit também tirou férias do X.

(Boa parte da nota, aliás, se ocupa em tecer elogios à política externa do Catar, país que é tido como um patrocinador do Hamas, e onde o Web Summit vai organizar um evento, um complicador adicional da coisa toda).

Mas pelo que parece não foi o suficiente. Depois da nota oficial, grandes empresas como Amazon Web Services, Meta, Google, Intel e Siemens anunciaram que não iriam participar do Web Summit.

Depois da demissão de Cosgrave (que segue como o maior acionista do Web Summit), o evento faz o que pode para reduzir os danos.

Falando com agência de notícias Lusa, uma fonte não identificada do evento disse que a expectativa é que o Web Summit ocorra normalmente, e que algumas das empresas estão reavaliando a decisão de não vir. O público esperado é de 70 mil pessoas.

Toda a confusão vem no pior momento possível para o Web Summit. O evento está em uma retomada depois do coronavírus, em um mundo muito diferente daquele no qual o Web Summit se tornou uma referência mundial.

O ambiente hoje é muito mais duro para o tal “ecossistema de startups”, do qual o Web Summit é um ponto de encontro e uma espécie de grife mundial.

Todo tipo de empresas de tecnologia anunciaram grandes cortes de equipe. Algumas com modelos de negócios mais duvidosos fracassaram de maneira espetacular. 

Os fundos, por sua vez, estão sendo mais cautelosos com seus investimentos e já não precisam correr atrás de startups, muito pelo contrário.

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