
Um lugar de reflexão, espiritualidade e... filmes pornográficos exibidos acidentalmente. Foto: flickr.com/photos/soldon/
Você cometeu alguma falha grave em sua vida profissional recentemente? Está se sentindo mal sobre isso?
Bom, sempre ajuda por as coisas em perspectiva. O quão grave a sua mancada é, quando comparada com a de um operador de áudio que exibiu um vídeo pornográfico no telão da Basílica de Nossa Senhora Aparecida?
Para consolo extra, saiba que nem mesmo isso assegurou aos empregadores do segundo maior templo católico do mundo o direito a demitir o funcionário por justa causa.
Segundo informa nota do Tribunal Superior do Trabalho, a demissão por justa causa não se aplica, uma vez que foram “só alguns segundos de transmissão” não justificam a rescisão contratual do trabalhador por falta grave.
"Não se justifica integralmente o descuido do trabalhador, mas se compreende a possibilidade do equívoco", afirmou o juiz da Vara do Trabalho de Aparecida, ao declarar nula a justa causa, pois os empregadores não conseguiram comprovar a culpa do autor na divulgação do conteúdo impróprio nem que ele era proprietário daquela mídia.
É bem verdade que nosso herói estava sobrecarregado aquele dia, quando estava encarregado do áudio, vídeo e câmeras dentro da basílica e se confundiu ao colocar um DVD para rodar no intervalo das missas.
De acordo com o autor da ação, no DVD apenas foram exibidos o menu do filme e uma mensagem - "Faça sexo seguro, use camisinha". Vale lembrar que a Igreja Católica é contra o uso de métodos anticonceptivos.
Com capacidade para 45 mil pessoas, o templo localizado na cidade do interior e São Paulo é menor apenas que a Basílica de São Pedro no Vaticano.
A nota do TST não revela qual foi o título inserido acidentalmente o operador nem o qual era o público presente no momento, informações que, se não têm importância nos autos, deixariam a história mais divertida.