
Sede da Petrobras no Rio de Janeiro. Foto: Depositphotos.
A Honeywell, uma gigante americana da área industrial, vai pagar R$ 456,3 milhões para a Petrobras, como consequência de um caso de propina na estatal de petróleo brasileira em 2010.
Na época, a UOP LLC, braço de tecnologia para a área de petróleo da Honeywell, pagou US$ 4 milhões em propina para um integrante do governo brasileiro, para conquistar contratos com a Petrobras.
A propina foi revelada pela própria UOP para a SEC, órgão controlador da bolsa americana, ainda em 2019.
Não foi revelado o nome do destinatário da propina, ou qual foi o valor do contrato emplacado depois do pagamento, que, pelos valores do acordo, não deve ter sido exatamente pequeno.
Segundo a estatal, o acordo de leniência, um instrumento jurídico pelo qual uma empresa paga para encerrar uma investigação, “faz parte de uma resolução global” que envolveu o Ministério Público Federal e autoridades dos Estados Unidos.
A estatal diz que não teve o a documentos com detalhes do acordo, fechado em dezembro do ano ado.
Além da bolada para a Petrobras, a Honeywell vai pagar R$ 181,7 milhões para a União a título de multas, levando o custo total para quase R$ 1 bilhão, ou, para ser mais exato, R$ 818 milhões.
O acordo foi celebrado no mesmo dia em que a SEC, divulgou uma multa de US$ 81 milhões (R$ 428 milhões, conforme o câmbio do dia) para arquivar as acusações de suborno envolvendo a Honeywell na Argélia e no Brasil.