
Zhang Yiming, fundador e CEO da empresa de tecnologia Bytedance - Foto: Depositphotos
A Bytedance, criadora chinesa do TikTok, acaba de anunciar o lançamento no Brasil do superapp Lark, um agregador digital que reúne diversas aplicações corporativas em um único ambiente.
Segundo revela o site Neofeed, a meta é alcançar 500 mil usuários no Brasil no próximo ano.
No Lark, o usuário tem o a aplicativos como Trello, Zoom, Notion, Monday, Salesforce, Microsoft Office, Teams, além de gerenciar e-mails, agendar reuniões e outras funções que auxiliam e otimizam o tempo de quem o utiliza.
Operando no modelo de Software as a Service (SaaS), o superapp Lark está atualmente em funcionamento em mais de 150 países, com receitas anuais que ultraam R$ 300 milhões — um aumento de 50% em relação a 2023.
Na China, a ferramenta é gratuita para até 50 usuários, mas este modelo deve ser revisto no Brasil, pois o objetivo é atingir pequenas e médias empresas com o superapp.
A proposta para atrair os brasileiros é a possibilidade de a plataforma substituir diversas aplicações pagas, além de integrar-se via API com soluções de comércio eletrônico, como, por exemplo, nota fiscal.
O Lark chegou ao país por meio da IEST, uma consultoria paulista que já esteve envolvida na chegada ao mercado brasileiro de outras gigantes chinesas como Shein, BYD e Aliexpress.
Neste primeiro momento, a IEST está oferecendo a ferramenta para empresas chinesas já consolidadas no Brasil, mas a intenção é expandir para empresas nacionais.
A Bytedance vê o Brasil como um mercado promissor para suas operações. O país é o terceiro lugar com mais usuários ativos no TikTok, atrás apenas dos Estados Unidos e da Indonésia.
A companhia está avaliada em US$ 225 bilhões, sendo considerada a empresa mais valiosa do mundo, superando até a SpaceX, de Elon Musk.
Seu faturamento no terceiro trimestre de 2024 atingiu US$ 73 bilhões, quase igualando a Meta, que possui WhatsApp, Instagram e Facebook, e registrou receitas de US$ 75 bilhões no mesmo período.
Apesar de aplicativos chineses enfrentarem certa resistência global, o governo chinês não mede esforços para mudar esse cenário, tendo como aliado o uso de inteligência artificial.
A China é hoje uma referência em IA, com startups em estágios mais avançados do que as estadunidenses. Empresas como a Bytedance e seu superapp Lark, que têm a IA no core de seus produtos, pretendem expandir suas operações e consolidar-se no mercado nacional.